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Transações financeiras via DOC e TEC não serão mais possíveis a partir da próxima semana.
Transações financeiras via DOC e TEC não serão mais possíveis a partir da próxima semana.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

Os bancos vão encerrar na próxima segunda-feira (15), às 22h, a transferência via Documento de Ordem de Crédito (DOC). A mudança já havia sido anunciada em maio do ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O fim do DOC ocorre em razão do avanço da utilização do Pix, o sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas.

Os bancos deixarão de oferecer o serviço de emissão e de agendamento, tanto para pessoas físicas como jurídicas, para transferência entre instituições financeiras distintas. A data máxima de agendamento do DOC vai até 29 de fevereiro, quando os bancos terminam de processar os pagamentos, encerrando o sistema definitivamente, informou a Agência Brasil.

Além do DOC, os bancos também deixarão de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), modalidade por meio da qual empresas podem pagar benefícios a funcionários. Criado em 1985, o DOC permite o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo quitada no dia útil seguinte à ordem. Caso seja feito após esse horário, a transferência só é concluída dois dias úteis depois.

Utilizada principalmente para transferência de grandes valores, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará em vigor. A TED, criada em 2002, permite o envio dos recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia hora para ser quitada.

Segundo Febraban, com base em dados do Banco Central, as transações via DOC somaram 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no período. Em número de transações, o DOC ficou atrás dos cheques (125 milhões), da TED (448 milhões), dos boletos (2,09 bilhões), do cartão de débito (8,4 bilhões), do cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a modalidade preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões de operações.

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