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Preocupadas com a queda de 30%, em média, nas vendas de veículos novos na última semana, grandes bancos comerciais e de montadoras, fabricantes e concessionárias de veículos decidiram voltar a irrigar o crédito para a compra de carros. As condições são atraentes: vão desde financiamentos sem juros até aqueles com taxa de 0,99% ao mês, um custo inferior ao cobrado no período anterior ao estouro da crise, quando a taxa mensal girava em torno de 1,40%. No início da semana passada, os encargos financeiros subiram cerca de 20%.

Até o fim do mês, a Volkswagen e o banco da montadora, por exemplo, oferecem a todas às revendas da marca a possibilidade de financiar modelos fabricados no país em 24 vezes, com juros de 0,99% ao mês, mas com uma entrada de 50% do valor do veículo. O prazo de 60 meses está mantido, porém com uma taxa de juros mais alta.

"Não queremos que o ânimo do consumidor esfrie", afirma o gerente de planejamento de marketing da montadora, Fabrício Biondo. Sem revelar a cifra disponível para financiar as vendas, o executivo afirma que o banco da montadora continua capitalizado para bancar os negócios no atacado e no varejo. Ele explica que tanto a montadora como a financeira "estão pagando a conta" para viabilizar o crédito num momento em que houve um encarecimento do custo do dinheiro.

A GM é outra montadora que quer espantar o baixo astral da crise de crédito. O vice-presidente da companhia no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, comunicou na quarta-feira em horário nobre na tevê a decisão da companhia de financiar a venda com juros de 0,99% ao mês.

Concessionárias

Além das campanhas das montadoras, as revendas em parceria com grandes bancos comerciais devem facilitar os negócios a prazo neste fim de semana. Um levantamento informal feito pela agência de varejo automotivo MSantos, entre os dias 1º e 8 deste mês em 20 concessionárias de São Paulo, revela que as vendas de carro zero quilômetro caíram, em média 30% no período. Segundo Ayrton Fontes, responsável pela pesquisa, houve revenda que teve até 60% de queda no volume de negócios. Foi esse mau desempenho que fez com que as lojas pressionassem os bancos para obter mais crédito destinado a veículos.

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