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O dólar marcou a quarta baixa seguida frente ao real nesta terça-feira, devido a uma pressão dos bancos por cotações menores.

Mas um movimento de ajuste à recente queda impediu uma desvalorização maior.

A moeda dos Estados Unidos exibiu volatilidade durante a sessão e no fechamento caiu 0,55 por cento, a 1,824 real na venda.

Na máxima, a divisa subiu 0,38 por cento, a 1,841 real, enquanto na mínima recuou 0,93 por cento, valendo 1,817 real.

"Você tem duas frentes no mercado interno: os que querem um ajuste ante (a queda de) ontem e aqueles que buscam a continuidade da baixa do dólar. Prevaleceu a pressão de queda", avaliou o gerente de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer, no Rio de Janeiro.

Em relação ao grupo que pressionava pela baixa da moeda norte-americana, Knauer se referiu aos bancos, que estão "vendidos" em dólar tanto no mercado à vista quanto no futuro.

Na véspera, segundo dados da BMF&Bovespa, os bancos sustentavam 2,652 bilhões de dólares em posições vendidas no mercado futuro --o que revela, na prática, uma aposta na queda da moeda norte-americana.

O dólar acompanhou a volatilidade das bolsas de valores dos EUA, que operavam no final da tarde perto da estabilidade após a divulgação de dados econômicos contraditórios.

Uma pesquisa da Associação Nacional de Corretores dos Estados Unidos informou que as vendas pendentes de moradias nos EUA subiram em ritmo mais rápido que o esperado em junho, no quinto mês seguido de alta pela primeira vez em seis anos.

Os gastos pessoais dos consumidores também tiveram alta em junho. Por outro lado, o Departamento de Comércio informou que a renda pessoal declinou 1,3 por cento em junho. A queda foi a maior desde janeiro de 2005.

Nesse contexto ainda de indefinição, Knauer ponderou que um ajuste técnico da divisa dos EUA frente às recentes baixas não está descartado. "Não me surpreenderia se um movimento de ajuste ganhasse força, visto que a moeda já caiu bastante. Seria algo saudável para o mercado (de câmbio)."

Na BM&FBovespa, o volume de dólar negociado no segmento à vista somava cerca de 1,8 bilhão de dólares por volta das 16h30.

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