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Comércio

Para Lula, subsídio não deve ser entrave

O presidente Luiz Inácio da Silva afirmou ontem que as negociações para o acordo entre Mercosul e UE não devem ficar restritas às discussões envolvendo tarifas alfandegárias e subsídios concedidos pelos países dos dois blocos. Falando a uma platéia de autoridades e empresários brasileiros e italianos, em São Paulo, Lula voltou a defender a expansão do comércio mundial como a melhor resposta à crise internacional e a escassez de recursos para investimento. "Temos o desafio de ir além da discussão sobre tarifas e subsídios. Estamos sinalizando o compromisso de ambos os blocos em ganhar escalas de competitividade e multiplicar oportunidades de investimentos", afirmou Lula. O primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, também estava presente no encontro.

A retomada das negociações para um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – está ameaçada por causa das barreiras argentinas contra a entrada de alimentos europeus em seu mercado, segundo afirmou o comissário europeu de Agricultura da UE, Dacian Ciolos. "Se persistirem as medidas" (de restrição ao comércio), as negociações com o Mercosul "vão ser necessariamente afetadas", advertiu Ciolos, durante entrevista coletiva à imprensa, em Luxemburgo, após reunião do Conselho de Agricultura da UE, ontem.Ciolos sugeriu ao governo argentino uma "ação clara e rápida" para desarmar as restrições comerciais. As declarações dele foram feitas concomitante ao início das primeiras reuniões técnicas entre os dois blocos, em Buenos Aires. A reunião de ontem foi a primeira iniciativa concreta para reiniciar as conversações, interrompidas há seis anos, com vistas a alcançar um pacto de liberalização do comércio entre ambos os blocos.

A reunião de Luxemburgo foi solicitada pela Grécia, que acusa a Argentina de reter na alfândega os pêssegos em conserva exportados para o mercado argentino. A Dinamarca acusa o país de restringir a entrada de laticínios.

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