• Carregando...

O presidente da Comissão da União Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, diz que está "confiante" com a recuperação da economia de Portugal, embora reconheça que a situação é difícil. Ele fez questão de ressaltar, no entanto, que não se trata de uma "crise na zona do euro", mas de problemas pontuais.

"O euro continua forte. Não conheço ninguém que esteja vendendo euros", brincou o dirigente, em reunião com jornalistas brasileiros na última quinta-feira. Barroso diz que não imagina que o problema enfrentado por Portugal, Grécia e Irlanda possa se estender a outros países europeus. "Tenho confiança total da moeda. São problemas localizados, que já estão sendo tratados. Há um esforço grande por parte de todos os países para uma consolidação orçamentária e uma correção de eventuais desequilíbrios macroeconômicos", diz. "Todos os países estão passando por importantes reformas estruturais para dar sustentabilidade do modelo social europeu."

Barroso diz que o pessimismo está "na moda" entre a imprensa, mas que não há razões para isso. "Em poucos lugares se vive tão bem como na Europa. Mas nossas economias estão em um nível de maturidade diferente. Não podemos imaginar que vamos crescer como cresce a economia chinesa."

O presidente da Comissão da UE acredita que a Europa aprendeu lições importantes com a crise financeira internacional, e com os atuais problemas nos seus países, destacando que isso fez com que se constituíssem mecanismos importantes que não existiam antes na economia europeia.

Cumplicidade

Para Barroso, a crise do subprime deixou clara a interdependência das economias do mundo, o que reforça ainda mais a importância da consolidação de uma "cumplicidade estratégica" com o Brasil. "Não tenho dúvidas de que, ou ganhamos juntos, ou perdemos separados. Temos metas ambiciosas para um plano de ação conjunta com o Brasil, não apenas na relação política e comercial, mas pensando no que podemos fazer juntos no plano global."

Com relação à presidente Dilma Russeff, Barosso disse que espera ter uma relação tão boa quanto a que tinha com o presidente Lula, que considera um "amigo". "Ainda não trabalhamos concretamente juntos. Mas posso dizer que é alguém que conhece muito em as questões técnicas e que, imagino, vai continuar a engrandecer o Brasil."

A repórter viajou a convite da Delegação da União Europeia no Brasil

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]