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A empresa de tecnologias agrícolas Bayer CropScience, subsidiária da multinacional Bayer, anunciou nesta quarta-feira um acordo para adquirir os direitos sobre um projeto privado brasileiro que desenvolveu diferentes variedades de arroz geneticamente melhoradas.

O acordo garante à multinacional os direitos exclusivos de licença sobre o programa de melhoramento de arroz da empresa brasileira Fazenda Ana Paula, segundo um comunicado da Bayer CropScience.

Com isso, a Bayer aumentará sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento de arroz híbrido no Brasil, além de ampliar os negócios neste setor mundialmente, afirma o comunicado.

A multinacional não divulgou os valores e outros detalhes do negócio.

A Fazenda Ana Paula, uma empresa voltada à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrárias pertencente ao grupo Metropolitana Incorporadora, produziu nos últimos anos algumas variedades híbridas de arroz com técnicas convencionais de melhoramento genético.

O grupo brasileiro trabalha desde 2000 em associação com técnicos do Instituto Agrícola da Província de Hunan (China) e do Instituto Rio Grandense do Arroz no desenvolvimento de variedades híbridas de arroz de alta produtividade e adaptadas às condições de cultivo do país.

Uma das variedades desenvolvidas produz um grão de alta qualidade em plantas cuja produtividade é 20% superior a das melhores sementes utilizadas no Brasil.

O acordo anunciado garante a Bayer CropScience acesso exclusivo ao banco de sementes e de materiais genéticos da Fazenda Ana Paula.

"Os híbridos desempenharão um papel importante no atendimento à crescente demanda por arroz de cerca da metade da população mundial. Já somos líderes mundiais em sementes de arroz híbrido e pretendemos aumentar nossos híbridos com genética superior e sementes de primeira classe", afirmou em comunicado o chefe global de negócios da Bayer CropScience, Mathias Kremer.

Já o chefe de pesquisas do grupo brasileiro, Haroldo Pimentel Stumpf, destacou que a Fazenda Ana Paula iniciou seu programa de melhoramento de arroz híbrido no ano 2000, quando trouxe ao Brasil e ao Uruguai uma equipe de especialistas chineses para trabalhar no projeto.

"Estamos muito orgulhosos dos resultados alcançados e consideramos que o acordo nos elevará a um novo nível", acrescentou.

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