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Dezoito redes de varejo de eletrodomésticos já estabeleceram convênio com o Banco do Brasil |
Dezoito redes de varejo de eletrodomésticos já estabeleceram convênio com o Banco do Brasil| Foto:

Governo quer forçar cartões a cortar taxas

O governo deve pressionar a indústria de cartões de crédito para promover uma redução dos custos que ela impõe aos clientes. Segundo uma fonte do governo, uma das constatações de um estudo feito pelos ministérios da Justiça e Fazenda e pelo Banco Central (BC) é que o setor tem uma lucratividade muito acima da média praticada na economia brasileira, inclusive quando se leva em conta o sistema bancário. Segundo a mesma fonte, uma das possibilidades é chamar os representantes do setor para conversar e forçá-los politicamente a ajustar sua conduta. A ideia é convencer as empresas que dominam o mercado – Visanet e Redecard – a trabalhar com preços menores e diminuir as barreiras de entradas a concorrentes.

Bendine nega pressão política sobre oferta de crédito

O novo presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que assumiu o cargo na semana passada, disse que não haverá interferência política nas decisões da instituição sobre juros e crédito. "Não me sinto pressionado a baixar os juros, até porque são decisões técnicas", afirmou.

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O Banco do Brasil (BB) vai facilitar o crédito voltado ao consumo de eletrodomésticos, dentro da ação do governo federal de incentivar o setor, bastante afetado pela falta de liquidez decorrente da crise internacional. O novo presidente da instituição, Aldemir Bendine, adiantou que, a partir de amanhã, o banco abrirá a seus clientes uma nova linha de crédito com essa finalidade, com prazos e carências mais longos e juros menores.

"Já temos convênios com 18 grandes varejistas para esta nova linha", afirmou Bendine. Entre as redes que já fecharam a parceria estão o Ponto Frio, o Ricardo Eletro e a Marabraz.

O executivo descartou, no entanto, movimentos semelhantes para financiar o próprio varejista. Ou seja, não vai criar mecanismos alternativos para oferecer crédito aos lojistas que queiram, por exemplo, abrir novas unidades ou girar estoques. "Vamos incentivar o consumo", resumiu o executivo, sem especificar quanto de recursos estaria disponível para esse fim.

Características

A nova linha terá taxa de juros mínima de 1,99% ao mês, inferior ao piso de, até então, 2,62% ao mês, e os prazos passarão de até 48 meses para até 60 meses. A carência para o pagamento (data do pagamento da primeira parcela) também foi ampliada para 180 dias, quase três vezes a média anterior, de 59 dias. Nestes casos, sempre, o consumidor tem de arcar com os juros do período.

Segundo Bendine, a linha valerá para os quatro produtos da linha branca que tiveram redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): fogão, geladeira, máquina de lavar e tanquinho. Mas poderá ser estendida a outros produtos se houver necessidade.

CEF

Na semana passada, dentro da mesma iniciativa pedida pelo Palácio do Planalto, a Caixa Econômica Federal ampliou de 30 para 90 dias o prazo de pagamento da primeira parcela do Crediário Caixa Fácil, voltado à compra de bens de consumo. O produto está disponível atualmente em lojas de varejos das Redes Baú Crediário (Grande São Paulo), América Móveis (SC) e Tradição Móveis (PE).

A Caixa estuda parcerias com 90 novas redes, que, juntas, tornarão disponível o crédito em mais de duas mil lojas espalhadas em todo o país. O valor máximo do financiamento é de R$ 10 mil, com prazo de pagamento em até 24 meses. As taxas são prefixadas de acordo com o mercado de cada varejista. Ao contrário do BB, a Caixa estuda conceder financiamento aos varejistas, para manter o fôlego do setor.

Construção

Na próxima semana, o BB anuncia uma linha de R$ 20 milhões para a construtora Cyrela, que irá construir 500 moradias populares em Sorocaba, interior de São Paulo. O empréstimo está dentro do programa de habitação do governo federal "Minha Casa, Minha Vida". Bendine disse que o banco terá, ao todo, R$ 500 milhões para atuar dentro do programa habitacional federal.

Segundo ele, dentro de 60 dias, o banco vai estar preparado para financiar diretamente o mutuário. O BB vai se concentrar nas famílias com renda de cinco até dez salários mínimos, deixando a faixa de renda mais baixa para a Caixa. "Pretendemos trabalhar fortemente nesse programa, com as famílias dentro desse faixa de renda."

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