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O Banco Central voltou a agir agressivamente para conter a escalada do câmbio, que caiu ontem de forma até mais brusca em comparação com a jornada de quarta-feira. Nas últimas operações do dia, o dólar comercial foi negociado a R$ 2,198 na venda, o que significa um decréscimo de 3,59% sobre a cotação do dia anterior. Nas casas de câmbio, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,320, número 7,93% abaixo da taxa anterior.

Pela manhã, às 10h35, o BC voltou a promover um leilão de venda de dólares, o quarto em dois dias, e poucas horas depois, às 12h45, realizou o leilão de "swap" cambial. Nessa operação, o BC colocou no mercado US$ 911 milhões contra uma oferta inicial de US$ 1,735 bilhão. Foi o quarto dia seguido em que a autoridade monetária utiliza esse instrumento. O "swap" cambial funciona à maneira de uma operação de venda de dólar no mercado futuro. Esses contratos oferecem proteção contra variações do dólar e, dessa forma, diminuem a pressão de alta da moeda norte-americana.

"O mercado realmente caiu bastante. O fato de o Banco Central ter liberado mais compulsório dos bancos foi importante para isso. E esses leilões têm favorecido o mercado", comenta Gilberto Martins, operador da corretora Guitta. "O que nós estamos vendo é que à medida que as coisas vêm acontecendo, o governo age. Tudo isso é importante para tranqüilizar o mercado", acrescenta.

O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, acompanhou a tendência do câmbio e rebaixou as taxas projetadas nos contratos mais movimentados.

No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada recuou de 14,03% ao ano para 13,97%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada retraiu de 14,91% para 14,75%; e no vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista cedeu de 15,21% para 15,12%.

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