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Mercado financeiro

BC faz leilão de compra e dólar termina dia em alta

Moeda fechou o dia negociada a R$ 2,148 para venda, com alta de 0,84%

O dólar inverteu o movimento nos primeiros negócios e fechou em alta ante o real nesta terça-feira, após o Banco Central realizar um leilão de swap cambial reverso, operação que não era realizada desde setembro do ano passado.

A moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 0,84 por cento, cotada a 2,149 reais para venda, após cair 1,17 por cento no início do dia. Na véspera, o dólar atingiu o menor patamar de fechamento desde o início de novembro.

"O real está exibindo uma valorização muito rápida (ante o dólar). Talvez isso deixe o BC um pouco 'desconfortável', o que pode ter reforçado a decisão pelo leilão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.

O BC vendeu todos os 67.600 contratos ofertados ao mercado, numa operação equivalente a 3,412 bilhões de dólares. Nesse tipo de operação, o mercado ganha quando a variação do juro supera a do dólar.

"Nos níveis de 2,20 reais, tanto o exportador quanto o importador estão no mercado. Abaixo disso, o exportador começa a achar ruim", acrescentou Galhardo.

O gerente de câmbio acredita que a atuação do BC ocorreu basicamente para não deixar o exportador desguarnecido em um cenário ainda de crise. De acordo com o analista, o dólar em torno de 2,10 reais não favorece a empresas que exportam.

Galhardo afirmou ainda que, mantendo-se a percepção de que o Brasil está com sua economia mais preparada em meio à crise, provavelmente haverá um forte ingresso de capitais para o país, o que pode forçar uma trajetória de queda do dólar.

Nessas circunstâncias, Galhardo não descarta a possibilidade de o BC realizar um leilão de compra de dólares no mercado à vista, operação não efetuada desde meados de setembro.

Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em baixa no fim da tarde, à medida que investidores aproveitavam para embolsar lucros depois das recentes altas. A depreciação de ações do setor de energia também pressionavam os índices.

No Brasil, o principal indicador da Bovespa descolava de Wall Street e subia 0,7 por cento, após a forte alta da véspera.

De acordo com os últimos dados disponibilizados pela BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 5,1 bilhões de dólares.

Ante uma cesta com as principais moedas globais, o dólar avançava 0,5 por cento no final da tarde.

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