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O Banco do Japão (BOJ, banco central japonês) manteve sua taxa básica de juros. O comitê de política monetária da autoridade monetária aprovou por unanimidade a manutenção da taxa básica ("overnight call loan rate") em 0,10%. A taxa havia sofrido um corte de 0,2 ponto porcentual no mês passado.

O BoJ também detalhou seus planos para ajudar as finanças das empresas, mas reduziu as projeções para o crescimento da economia e para os preços. A redução foi tão forte que levantou a perspectiva de uma deflação.

Para o PIB, o banco central agora projeta uma queda de 1,8% neste ano fiscal - contra um crescimento de 0,1% previsto anteriormente - e de 2% no ano fiscal de 2009, ante uma expansão de 0,6% estimada em outubro passado. O PIB japonês, segundo as previsões do BOJ, deve voltar a crescer apenas no ano fiscal de 2010, quando o banco central espera uma expansão de 1,5%.

As expectativas para a inflação também foram profundamente reduzidas, especialmente para o ano fiscal de 2009, quando o BOJ agora prevê que o índice de preços ao consumidor (excluindo alimentos frescos) cairá em 1,1%, contra a projeção, feita em outubro, de que os preços ficariam estáveis. Para 2010, o índice deve recuar 0,4%, ante uma estimativa anterior de aumento de 0,3%.

"O BOJ está mostrando o risco de uma espiral deflacionária no Japão", disse a estrategista Naomi Hasegawa, da corretora Mitsubishi UFJ Securities.

Medidas

O banco central anunciou também um novo pacote de medidas para apoiar as empresas afetadas pela contração do crédito. A instituição gastará até US$ 33,7 bilhões para comprar títulos comerciais, um tipo de dívida a curto prazo emitida pelas empresas, e aceitará uma gama mais amplia de títulos como garantia dos empréstimos concedidos.

A economia nipônica entrou oficialmente em recessão no terceiro trimestre de 2008, principalmente pela queda das exportações aos Estados Unidos, Europa e o restante da Ásia em consequência da crise econômica.

Exportações

As exportações japonesas despencaram 35% em dezembro do ano passado, na comparação com o ano anterior. Os dados, divulgados pelo Ministério das Finanças japonês, mostram que este foi o maior declínio desde 1980. Foram 4,833 trilhões de ienes (US$ 54,15 bilhões) exportados pelo país, montante menor do que os 7,434 trilhões de ienes no ano anterior.

As importações também registraram queda de 21,5% ante 2007, totalizando 5,153 trilhões de ienes. Mas este recuo não foi suficiente para evitar um déficit de 320,7 bilhões de ienes (US$ 3,6 bilhões) no período.

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