O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou hoje que a taxa de juros média cobrada de pessoas físicas atingiu em junho seu nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1994.
Segundo ele, a queda está relacionada a um processo de migração dos tomadores de crédito das linhas mais caras, como o cheque especial, para as mais baratas, como o crédito pessoal.
A retração no mês passado ocorreu apenas nos empréstimos para os consumidores, cujo juro médio recuou de 41,5% para 40,4% ao ano entre maio e junho. Nas operações com empresas, a taxa passou de 26,9% para 27,3% ao ano.
Como o cálculo dos juros médio é feito a partir de média ponderada, o processo de migração reduz os juros mesmo com algumas modalidades, como o próprio cheque especial, tendo alta nas taxas. Apesar da redução no juro médio, Altamir destacou que enxerga uma tendência de acomodação no crédito para os consumidores. Ele associou a acomodação à política monetária que nos últimos meses, tem se tornado mais restritiva.
Avanço do crédito
O chefe do Departamento Econômico do BC informou ainda que a carteira de crédito com recursos livres apresentou expansão de 2 2% em julho até o dia 15. Segundo ele, o crescimento foi liderado pelos empréstimos às empresas, que tiveram expansão de 2,4% no período. As linhas para pessoas físicas avançaram 1,8%.
Altamir informou que o juro médio e o spread (diferença entre a taxa de captação e o juro efetivamente cobrado do consumidor) praticados nas operações para as famílias estão estáveis em julho, até o dia 15, na comparação com o resultado fechado de junho. Nos empréstimos para empresas, o juro médio subiu 0,4 ponto porcentual em julho até dia 15, na comparação com o mês de junho. Essa alta é explicada integralmente pela elevação do spread, que também subiu 0,4 ponto porcentual no período.
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