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O dólar fechou em leve baixa nesta segunda-feira, após o Banco Central adotar uma postura mais branda com apenas um leilão de compra da moeda norte-americana no mercado.

A divisa teve variação negativa de 0,06%, a R$ 1,710.

O BC promoveu apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista, no final da tarde. A autoridade monetária vinha realizando dois leilões por dia desde o dia 8, para fazer frente ao fluxo de dólares atípico para a capitalização da Petrobras.

A intervenção menos intensa coincide com a avaliação do governo de que a entrada de capitais no país deve ficar mais branda após a oferta de ações da estatal.

Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera agora uma "calmaria" no mercado de câmbio, mas reiterou o "arsenal" que o governo tem para frear a valorização do real caso necessário.

Com os comentários, a taxa de câmbio permaneceu estagnada, acima de R$ 1,70.

"Ninguém tem coragem de chegar e fazer uma venda forte", disse o operador de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

Na semana passada, analistas já comentavam que o governo tem conseguido impor um piso ao dólar sem recorrer a medidas como o uso do Fundo Soberano na compra de dólares.

Passada a oferta de ações da Petrobras, o mercado agora tenta definir os rumos do mercado de câmbio até o final do ano.

Para Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, o crescente déficit em transações correntes pode dar espaço a um ajuste do dólar para cima. É preciso também ficar atento à possibilidade de os bancos terem coberto posições vendidas no mercado à vista.

Já David Beker, do Bank of America Merrill Lynch, pondera que as condições globais são favoráveis à valorização do real. "A intervenção japonesa no câmbio e a expectativa de juros baixos no G3 por um longo período dão força para o 'carry trade' estrutural, com posição comprada em moedas da América Latina."

No restante da semana, segue também a rolagem de contratos futuros que vencem na BM&FBovespa com a virada do mês. Os investidores estrangeiros, com 14,7 bilhões de dólares em posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial, são os agentes mais interessados na força do real.

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