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Socorro

G-20 estaria pronto para aporte ao FMI

Folhapress

Mesmo sem uma decisão final na reunião do G-20, na semana passada, sobre uma nova capitalização do Fundo Monetário Internacional (FMI), os países do grupo estão prontos para aportar recursos no fundo "depois de amanhã", disse ontem o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. "Hoje os países sabem como fazer. Se precisar depois de amanhã, se tiver uma urgência, os países têm como se mobilizar para fazer [o aporte de recursos no fundo]", afirmou.

Assim como o ministro Guido Mantega (Fazenda), o secretário negou que o Brasil tenha oferecido US$ 10 bilhões ao fundo. Segundo ele, esse valor é o mesmo que foi ofertado em 2009 ao FMI e é sempre utilizado como referência nas negociações, mas não há uma decisão em relação a montantes. "Os presidentes nunca chegaram nem perto de uma discussão de quanto [seria aportado no FMI]. Esse número sai de olhar o que foi feito em 2009; nesse momento, se falar em número, é tudo hipótese", completou.

Cozendey admitiu que o resultado da reunião da semana passada não foi o que o Brasil esperava, e afirmou que já existe uma estrutura mais ou menos acertada para a ajuda ao fundo, mas que o grupo espera as ações da Europa antes de tomar uma decisão final. O ministro Guido Mantega disse ontem que os europeus podem usar mais o Banco Central do bloco para resolver seus problemas.

Oposição grega não quer assinar documento sobre ajuste fiscal

A crise política na Grécia parece não ter fim. Políticos gregos e europeus entraram ontem em choque – Bruxelas exige que os principais políticos locais assinem uma carta assumindo o compromisso de implementar as medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Inter­nacional (FMI) para que possam receber o resgate bilionário, mas a oposição grega se recusa a assinar a carta. Além disso, o terceiro dia de negociações entre os partidos foi concluído sem definir quem será o novo primeiro-ministro.

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  • Notas feitas por Berlusconi durante a votação, com o número de votos que obteve, 308, e a expressão

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, perdeu ontem a maioria no Parlamento e prometeu entregar o cargo se a Lei de Estabilidade – que junta o orçamento de 2012 às medidas de austeridade combinadas entre o governo italiano e a Comissão Europeia para debelar a crise no país e será votada na semana que vem – for aprovada. Berlusconi acertou sua provável saída ontem, em reunião com o presidente Giorgio Napolitano. O primeiro-ministro disse, mais tarde, que considera a antecipação das eleições gerais na Itália, previstas para 2013, como a "única opção" após sua renúncia, mas afirmou que essa é uma decisão que caberá a Napolitano.

Berlusconi perdeu sua maioria parlamentar na manhã de ontem, quando os deputados aprovaram a revisão do orçamento de 2010/2011 com 308 votos a favor e 321 abstenções – eram necessários 316 votos para fazer maioria. Os deputados do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda; da Itália dos Valores (IdV), de esquerda; e dos partidos de centro e direita dissidentes do governo Berlusconi compareceram ao plenário, mas não votaram, numa tática para mostrar que o premiê não possui mais a maioria.

Aliado, "ma non troppo"

"O governo não possui mais a maioria na Câmara, isso é um fato. Por isso eu pedi a Berlusconi que vá ao Quirinale [palácio presidencial]", disse mais cedo Pier Luigi Bersani, líder do PD. "Peço ao presidente do Conselho [Berlusconi] que perceba finalmente qual é a situação e tome uma medida. Peça demissão. Deixe com o presidente da República a busca de uma solução que ofereça ao nosso país a possibilidade de enfrentar esta emergência", disse Bersani à agência Ansa.

O principal aliado de Berlusconi, Umberto Bossi, líder da Liga Norte, pediu mais cedo a Berlusconi que renuncie e que seu herdeiro político, o ex-ministro da Justiça Angelino Alfano, seja nomeado primeiro-ministro de um governo de transição. Bossi é um aliado instável – em 1994, ele e a Liga Norte retiraram o apoio e derrubaram o primeiro governo Berlusconi, que durou menos de um ano.

Situação "preocupante"

Mais cedo, o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, disse após o fim de uma reunião de ministros de Finanças da União Europeia que a situação na Itália é "muito preocupante". "A Itália tem registrado vários movimentos e não sabemos quais serão seus desfechos", disse ainda Rehn. Segundo ele, a Europa está "acompanhando a situação atentamente".

Também ontem, autoridades da Finlândia e da Áustria alertaram que a Itália é um país excessivamente grande para ser resgatado em um pacote de ajuda, a exemplo do que está sendo feito com a Grécia. "É difícil ver que nós, na Europa, teríamos os recursos para colocar um país do tamanho da Itália em um programa de resgate", afirmou o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, em discurso no Parlamento. A Itália tem uma dívida pública equivalente a 1,9 trilhão de euros (US$ 2,6 trilhões), a quarta maior do mundo, que equivale a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O peso da dívida no PIB só é inferior ao da Grécia, entre os países da União Europeia.

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