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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem em Curitiba que concorda com os pedidos de redução dos gastos públicos e melhoria da qualidade dos recursos aplicados pelo governo federal. As reivindicações foram apresentadas por empresários do estado durante o Congresso Paranaense da Indústria. "A cobrança é feita por gente que paga imposto, e que tem todo o direito de cobrar do governo", disse Bernardo. "Temos que reduzir os gastos e aumentar os investimentos em infra-estrutura, mas isso é um trabalho que não se pode fazer da noite para o dia."

Questionado sobre o aumento de 14,5% nos gastos públicos no primeiro trimestre deste ano, Bernardo afirmou que o desembolso maior já era "previsto e anunciado". "Os investimentos têm que ser feitos no primeiro semestre, porque depois começam as restrições da lei eleitoral." O ministro garantiu que, apesar dessa elevação nos primeiros três meses do ano, a meta de superávit primário – de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano – será cumprida. "O superávit é cláusula prévia", disse.

Discursando para um público bastante reduzido – o ministro chegou atrasado à solenidade de encerramento do congresso –, Bernardo reconheceu que, além da necessidade de redução das despesas de custeio, ainda é preciso diminuir os juros e a carga tributária, temas incluídos nas conclusões do congresso industrial. "A partir de agora vamos nos debruçar sobre os relatórios para ver o que podemos fazer. E, claro, dar as respostas no caso de não podermos atender às reivindicações."

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