O valor do Bitcoin despencou cerca de 10% neste domingo (10), após a casa de câmbio de criptomoedas Coinrail, da Coreia do Sul, confirmar uma invasão que comprometeu cerca de 30% dos valores que guardava. Com isso, a criptomoeda mais popular do mundo atingiu seu menor valor em 2018: US$ 6.700.
Pelo Twitter, o perfil da Coinrail informou que houve um acesso não autorizado em seus sistemas, o que causou a perda de 30% das criptomoedas que o serviço detinha. O site oficial da casa de câmbio exibe, no momento, um “aviso de manutenção”. Segundo comunicado da Coinrail, os 70% restantes das criptomoedas e reservas de tokens estão guardadas em “cold wallets”, carteiras armazenadas em servidores desconectados da internet e, portanto, mais difíceis de serem hackeadas; e, do montante roubado, dois terços foram sacados ou congelados com a ajuda de outras casas de câmbio e empresas da área. A polícia sul-coreana investiga o caso.
Embora a Coinrail seja uma casa de câmbio relativamente pequena, a invasão se soma a outras ocorridas recentemente, o que contribui para aumentar as incertezas em relação às criptomoedas. Tudo isso evidencia certa fragilidade no sistema, o que espanta os investidores e puxa os preços para baixo.
Em janeiro, a japonesa Coincheck foi hackeada e teve o equivalente a US$ 500 milhões em criptomoedas roubado. Em dezembro de 2017, outra casa de câmbio sul-coreana, a Youbit, declarou falência após ser hackeada pela segunda vez.
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Além disso, há a desconfiança de alguns países importantes. Na China, o jornal estatal Diário do Povo diz que o governo do país está fechando o cerco das ICOs, programas de financiamento similares aos IPOs, mas baseados em criptomoedas e sem regulação. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça abriu uma investigação de possíveis manipulações no mercado de criptomoedas em maio.
O Bitcoin chegou a valer quase US$ 20 mil no final de 2017. Nesta manhã, estava cotado a US$ 6.800, segundo o CoinMarketCap. Segundo o monitor do site, praticamente todas as 100 principais criptomoedas apresentavam perdas que chegavam a 22% nas últimas 24 horas.
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