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A oposição criticou nesta sexta-feira (26) o novo apagão que deixou Estados das regiões Norte e Nordeste sem luz nesta madrugada. Em nota, o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), disse que a origem do apagão está na "mediocridade do governo do PT nas estatais e na ocupação desenfreada e inconsequente" de cargos no Executivo."A desorganização das empresas de energia elétrica nos governos do PT fragiliza a manutenção e a operação do sistema. Some-se a isso a falta de investimentos. Quando as estatais têm o desafio de uma operação no limite do sistema, invariavelmente ocorrem apagões no Sudeste e no Nordeste, enfim, em todo o país. O alívio de carga não funciona. É o retrato do desprezo pela qualidade técnica", afirmou.

Segundo Agripino, a justificativa do governo de que os apagões são provocados por causas naturais ou falhas técnicas não se sustenta. "Toda a sequência de fatos lamentáveis de suprimento de energia elétrica no Brasil de Norte a Sul decorre de um marco regulatório defeituoso que minimizou novos investimentos no setor. Esse marco foi proposto e pessoalmente defendido pela então ministra das Minas e Energia Dilma Rousseff, hoje presidente da República."

Líder do PSDB na Câmara, o deputado Bruno Araújo (PE) disse que o fato da presidente Dilma Rousseff ter sido ministra de Minas e Energia deveria servir para o governo priorizar o setor."Ela está diretamente ligada à área e, mesmo assim, não consegue combater os sucessivos apagões. Diante da inércia do governo, o que não podemos é ficar de braços cruzados e esperar o próximo episódio", disse o tucano.

Para o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara, o apagão desta madrugada evidencia a "fragilidade" do sistema elétrico brasileiro. "A demora em detectar, localizar e isolar problemas revela a vulnerabilidade do sistema", disse.

O deputado vai propor a realização de audiência pública na comissão para discutir os problemas no setor elétrico brasileiro. Arnaldo Jardim afirma que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o ONS (Operador Nacional do Sistema) precisam ser ouvidos pelos parlamentares para explicar as falhas no setor.

"A audiência terá o objetivo de discutir e debater transmissão e distribuição de energia elétrica para aumentar a segurança do sistema elétrico", afirmou.O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) afirmou que, quando a presidente Dilma assumiu o comando do país, disse que a era dos apagões estava encerrada no país -o que na prática não ocorreu. "O cidadão perdeu a confiança no governo. As autoridades estão completamente perdidas, batendo cabeças. O ONS transformou-se em Operador Nacional do Apagão e só aparece para justificar o injustificável", afirmou.

Para o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), a cada novo apagão as explicações do governo ficam sem credibilidade. "Até agora ainda não admitiram claramente que a causa básica é a inexistência de planejamento, coordenação e investimentos."

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