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A BM&FBovespa divulgou na quinta-feira aumento de 18,8% no lucro do quarto trimestre na comparação anual, com forte aumento dos volumes negociados de derivativos.

A operadora da bolsa paulista teve lucro líquido de 261,5 milhões de reais de outubro a dezembro. O resultado ficou bem próximo da média das estimativas de seis analistas obtidas pela Reuters, de ganho de 255 milhões de reais.

A divulgação do resultado trimestral da BM&FBovespa ocorre em meio à uma onda de consolidação global na indústria, com a compra da NYSE Euronext pela Deutsche Bourse dando origem à maior operadora de bolsas do mundo e união entre a londrina LSE e o TMX Group, controlador da bolsa do Canadá.

Mais cedo nesta quinta, a BM&FBovespa anunciou que assinará na próxima segunda-feira acordo de entendimentos com a Bolsa de Valores de Xangai com "o objetivo de iniciar discussão conjunta sobre oportunidades de negócio e trocas de informações".

Na segunda-feira, em entrevista à Reuters, o presidente-executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto, adiantou que a bolsa estava atenta a oportunidades na Ásia. "Eu vejo hoje o continente asiático, própria Índia, a China, com mais potencial", disse.

No front interno, a BM&FBovespa encara a ameaça de chegada de um concorrente. A Bats Global Markets se juntou à gestora de fundos Claritas e ao escritório de advocacia Freitas Leite para avaliar a criação de uma plataforma de negociação de ações no Brasil.Receita e Ebitda

O faturamento líquido da BM&FBovespa no trimestre encerrado em dezembro totalizou 470,1 milhões de reais, contra 424,8 milhões de reais no mesmo intervalo de 2009.

Segundo a bolsa, as receitas de negociação e liquidação no segmento BM&F responderam por 34,6 por cento do total no quarto trimestre, o equivalente a 180,9 milhões de reais, alta de 38,9 por cento contra um ano antes.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em 302,4 milhões de reais no quarto trimestre, avanço de 9,4 por cento na comparação anual e contra previsão média de analistas de 305 milhões de reais.

A margem Ebitda trimestral foi de 64,3 por cento, abaixo dos 65,1 por cento nos três últimos meses de 2009.

A BM&FBovespa tinha no fim de dezembro quase 3,5 bilhões de reais em caixa e aplicações. Desse total, porém, quase 1 bilhão referem-se a depósitos de terceiros como garantias nas clearings da bolsa e outros 500 milhões de reais são recursos próprios vinculados, principalmente, às clearings, com uso restrito.

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