BNDES libera R$ 1 bilhão para usina da Copel em Mato Grosso

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 1 bilhão em recursos para o projeto da usina hidrelétrica de Colíder, às margens do Rio Teles Pires, no Mato Grosso. A usina foi arrematada pela companhia em julho de 2010, com a promessa de gerar 300 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 1 milhão habitantes.

O dinheiro servirá, na prática, para cobrir os investimentos que a Copel já fez no projeto. O balanço do terceiro trimestre da companhia mostra que, até setembro do ano passado, as despesas com a obra, relacionadas no grupo de contas Ativo Imobilizado em Curso, tinham saldo de R$ 1.272.444 – um tanto acima dos R$ 1,26 bilhão previstos ainda em 2010. No mesmo balanço, constam ainda R$ 456.830 em compromissos assumidos com fornecedores.

Histórico

A obra da usina começou em abril de 2011 e deve terminar, segundo o cronograma da Copel, em dezembro do ano que vem, para começar a funcionar em janeiro de 2015. O consórcio responsável pela execução é o J. Malucelli/CR Almeida.

O projeto tem potencial para render R$ 3,4 bilhões à Copel durante os 30 anos de concessão – ou R$ 113,2 milhões por ano – e isso somente em relação aos 70% de energia que a companhia fornecerá ao mercado regulado. Os outros 30% poderão ser negociados no mercado livre, para grandes consumidores, o que deve turbinar ainda mais a receita do projeto.

Paradas

A obra teve, até agora, dois momentos de paralisação. O primeiro em outubro de 2011, quando uma ação civil do Ministério Público de Mato Grosso exigiu que a Copel repassasse recursos aos municípios da região para aparelhá-los para suportar os desgastes do projeto. Outro momento de paralisação foi em fevereiro de 2013, quando a companhia enfrentou protestos e depredações dos operários por conta de falta de pagamento de horas extras. Os trabalhos foram retomados um mês depois.

A usina de Colíder foi a segunda investida da Copel fora do estado. Ainda em junho de 2010, a empresa arrematou uma linha de transmissão e uma subestação em São Paulo, em um investimento de R$ 270 milhões e uma estimativa de receita de R$ 23,2 milhões por ano.

Colaborou Fernando Jasper