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A identificação de três focos de aftosa na Bolívia complica a recuperação do status de área livre da doença por estados brasileiros como o Paraná. O problema – confirmado no fim de semana – entrou no debate dos cientistas da Organização Internacional de Epizootias (OIE), reunidos em Paris, que devem dar uma resposta à reivindicação paranaense ainda nesta semana. Eles discutem a situação do Brasil, da Argentina e do Paraguai.

Com a volta da doença à região, ficou evidente que o vírus continua circulando no Cone Sul. Essa avaliação parte da própria superintendência do Ministério da Agricultura de Mato Grosso do Sul. O vírus da Bolívia é do tipo "O", o mesmo identificado em Mato Grosso do Sul em outubro de 2005.

Não há brasileiros na comissão científica da OIE. A defesa do país ficou nas mãos de Jamil Gomes de Souza, que responde pela Defesa Animal no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e é representante da OIE nas Américas. A proposta de concessão de status de área livre em separado ao Paraná não entrou na pauta das discussões.

A semana é de expectativa para os exportadores de carnes paranaenses. "Estamos longe, mas podemos acabar prejudicados pela proximidade de outros estados", diz o porta-voz do Sindicarnes, Gustavo Fanaya. A reunião em Paris definiria a questão da aftosa ontem, mas teve as discussões prorrogadas. A posição dos cientistas só deve ser conhecida nesta sexta-feira.

As exportações de carnes da Bolívia para Colômbia, Equador, Peru e Venezuela foram suspensas segunda-feira. O Paraguai decretou alerta para proteger seu rebanho.

O Brasil suspendeu as importações, ampliou a fiscalização na fronteira e ofereceu ajuda técnica. Deve ser doado aos pecuaristas bolivianos 1 milhão de vacinas. (JR)

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