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Uma onda de pânico tomou conta dos investidores na última hora da sessão na Bolsa de Nova York, fazendo com que o índice Dow Jones atingisse o seu pior nível em cinco anos. Prejudicado por temores com o futuro dos bancos e da General Motors, o DJ caiu 7,33%, operando abaixo dos 9 mil pontos pela primeira vez desde 2003, enquanto o Nasdaq perdeu 5,47%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo foi afetada pela piora em Wall Street e fechou em queda 3,92%, aos 37.080 pontos, após operar em alta durante a maior parte do dia.

As perdas das ações do setor financeiro e as preocupações relacionadas ao crédito continuam a pesar sobre o sentimento no mercado, que teme uma recessão global prolongada. Refletindo esses temores, os contratos de petróleo para novembro fecharam no menor nível em um ano, abaixo de US$ 87,00 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os investidores vêem uma deterioração na demanda futura em virtude da desaceleração das economias dos países desenvolvidos, assolados pela crise financeira. Além disso, as ações da General Motors caíram ao nível mais baixo deste 1950 nesta quinta, prejudicadas por temores de que uma queda na atividade industrial que começou nos Estados Unidos está se espalhando e o alerta de um analista de que a demanda por automóveis poderia entrar em colapso em 2009. Os papéis caíram 22%, para US$ 5,42 - levando seu valor de mercado ao menor nível desde 1929, de acordo com os dados da Global Financial Data.

Europa Na Europa, principais bolsas fecharam em baixa - Londres, -1,21%; Paris, -1,55%; Frankfurt, -2,53%. Entre as ações de bancos , as do Barclays caíram 13% e as do Santander perderam 4,3%. Os papéis de companhias ligadas a petróleo caíram à medida que o preço da commodity recuava quase 2%, com as ações da Royal Dutch Shell caindo 3,2% e as do BP se desvalorizando 1,8%.

Nesta quinta, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que não poderia descartar a estatização de qualquer banco do país, na seqüência de movimentos similares em outros países europeus, como no Reino Unido. "Nenhuma possibilidade pode ser totalmente descartada", disse Merkel, em Berlim, depois de conversar com o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk. Contudo, ela acrescentou que os efeitos dos cortes coordenados das taxas de juro pelos bancos centrais ao redor do mundo precisam ser avaliados primeiro.

Além disso, a Holanda anunciou no fim desta tarde a criação de um fundo de 20 bilhões de euros para ajudar as instituições financeiras durante a crise de crédito. O ministro das Finanças, Wouter Bos, afirmou que o dinheiro estará disponível para qualquer banco ou seguradora "essencialmente saudável".

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