A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os fundos norteados pela taxa básica de juros (Selic) foram os dois tipos de investimento que mais deram retorno em 2005. O Ibovespa, índice que agrega as ações mais negociadas na bolsa paulista fechou o ano com uma valorização de 27,7%. O rendimento dos fundos DI e de renda fixa, com desempenho atrelado aos principais títulos do Tesouro, variou entre 18% e 19%.
Os destaques do Ibovespa neste ano estão nos setores bancário, de telecomunicações e de energia. As ações preferenciais da Net foram as que mais se valorizaram, 150,28%, refletindo uma reestruturação que incluiu a entrada da mexicana Telmex na empresa de TV a cabo brasileira. Os papéis preferenciais do Bradesco ficaram na segunda colocação, com alta de 117,5%, seguidos pelas ações da Transmissão Paulista, com 92,94%.
O setor bancário cravou ainda outras três empresas entre as maiores altas do ano: Unibanco, Itaú e Banco do Brasil. No segmento de telecomunicações, além da Net, a TIM Participações e a Telemar foram as companhias com os melhores resultados. A alta das ações preferenciais da Copel, de 59,6%, ficou na segunda colocação no ramo de energia elétrica, atrás apenas da Transmissão Paulista. Outro destaque do ano foi a valorização dos papéis ordinários da Petrobrás: 59,99%.
Fora da Bovespa, as aplicações de risco alto não acumularam ganhos expressivos em 2005. O ouro subiu pouco menos de 3%, enquando o dólar caiu 12,4%. "Quem apostou no real ganhou porque ele ficou mais forte com o superávit comercial e os juros altos", diz o analista Reinaldo Domingos, do site Financeiro24horas.com.
A alta na taxa básica de juros beneficiou os investimentos de baixo risco. Os fundos DI, por exemplo, tiveram rendimento médio de 19% em 2005. Mesmo a conservadora caderneta de poupança foi ajudada pela política de controle inflacionário do BC. O rendimento um pouco superior a 9% ficou mais de 3 pontos porcentuais acima do IPCA.
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