Bolsa sobe 2,71% e recupera nível pré-IOF

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O otimismo no mercado financeiro mundial ontem fez o mercado brasileiro recuperar o fôlego que havia perdido com o anúncio da cobrança de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) dos investimentos externos em renda fixa e variável, no dia 20 de outubro. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), termômetro dos negócios da bolsa paulista, fechou em alta de 2,71%, aos 66.214,35 pontos, nível pré-anúncio do IOF. O dólar fechou em queda de 1,05%, a R$ 1,7010, sendo negociado abaixo de R$ 1,70 ao longo do dia. Quando o governo adotou o impostos, o dólar havia fechado a R$ 1,7440.Juros básicos próximos a zero nos Estados Unidos, compromisso dos países do G-20 de manterem os estímulos à suas economias e a afirmação dos principais Banco Centrais do mundo que "a queda livre acabou" levaram os investidores a inflar as bolsas de valores e o preço de commodities. Dow Jones e Nasdaq fecharam em alta de 2,03% e 1,97%, respectivamente.

Além do incentivo das bolsas americanas, o Ibovespa ainda recebeu impulso da alta no preço das commodities, levando as ações de siderúrgicas a obterem ganhos firmes. O mercado também colocou no preço a aposta na recuperação de demanda por aço no mercado doméstico, como no caso das montadoras, fabricantes de eletrodomésticos e construção civil. Aposta que se fortaleceu após a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciar ontem que trabalha com a expectativa de vendas melhores que o esperado para 2009.

As maiores altas do Ibovespa foram Klabin PN (+6,24%), MMX ON (+6,10%) e Eletropaulo PNB (+5,69%). Apenas quatro ações do Ibovespa fecharam em baixa: B2W ON (-2%), Sabesp ON (-0,63%), CPFL ON (-0,47%) e Comgás PNA (-0,24%)

Câmbio

A queda do dólar ocorreu ontem mesmo com a expectativa de que o governo anuncie novas medidas para conter a valorização do real em relação à moeda americana. O economista Miguel Daoud, sócio-diretor da Global Financial Advisor, é um dos que acreditam que o governo voltará a agir. "O governo vai se adiantar e fazer alguma coisa muito em breve, talvez esta semana", afirmou. Ele ponderou, no entanto, que o mercado já encontrou outras formas de compensar essa taxação, por meio de operações como a compra e a venda de produtos derivativos nos mercados futuros.