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O Ibovespa abriu esta quarta-feira (20) em alta de 0,77%, a 98,4 mil pontos, caiu por volta das 11 horas, quando o texto entregue pelo presidente Jair Bolsonaro no Congresso começou a ser detalhado pela equipe econômica, e voltou a subir já próximo do meio dia.

Às 12h03 estava quase estável, a 0,05%. Analistas apontam dois motivos para a oscilação: a pouca mudança em relação à proposta de Michel Temer, sem nenhum avanço em termos mais cortes de privilégios na opinião dos especialistas, e o fato de que, sem surpresas, a reforma ainda corre o risco de ser desidratada no Congresso. Essas duas hipóteses estariam levando os investidores a embolsar os ganhos dos últimos dias.

A declaração secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, de que os militares também terão uma proposta a ser apresentada em 30 dias também pode ter animado os investidores no final da manhã.

A oscilação também afetou a cotação do dólar, que abriu o dia em queda de 0,67%, cotada a R$ 3,70, e por volta do meio-dia estava cotada a R$ 3,72, numa alta de 0,21%. Ainda é cedo para que a queda influencia as cotações das casas de câmbio, que oferecem o dólar a R$ 3,87 sem conta IOF e taxas, em média. Mas quem vai viajar deve acompanhar a moeda atentamente entre hoje e amanhã. 

Hoje, as bolsas da Ásia terminaram o dia em alta e os pregões europeus operam também com valorização. Nos Estados Unidos, os mercados futuros se comportam de maneira mista, mas próximos da estabilidade. Tudo indica, portanto, que é o peso interno, da apresentação e detalhamento da reforma da Previdência, que vai influenciar a Bolsa brasileira ao longo do dia e até mesmo o dólar, ainda que os fatores externos sejam mais relevantes na cotação da moeda.

Pouco antes da abertura do mercado, o analista-chefe da Modalmais, Álvaro Bandeira, disse que o Ibovespa tem de passar o patamar de 98.200 pontos nesta quarta (20) para adquirir firmeza. Ele observou ainda que, para isso, o mercado local também precisa da volta de fluxo de recursos, basicamente dos investidores estrangeiros. 

Ainda internamente, as repercussões do vazamento dos áudios entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex secretário geral da Presidência Gustavo Bebianno também pode ter efeito negativo no mercado, principalmente no que diz respeito ao apoio de que o governo precisa para passar, efetivamente, as mudanças na Previdência.

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Externamente, outros fatores ainda podem ter alguma influência sobre os pregões pelo mundo, como a reunião entre Theresa May, primeira ministra do Reino Unido, e Jean Claude Juncker, União Europeia, sobre o Brexit, além da expectativa sobre mais uma rodada de encontros de negociação entre americanos e chineses na quinta (21).

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