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As bolsas de valores da Ásia, exceto a do Japão, registraram os melhores ganhos em um mês nesta terça-feira e a fuga anterior por ativos considerados mais seguros, como o dólar, diminuiu. Apesar disso, os movimentos foram vistos apenas como suspensão momentânea de mau humor em meio a um cenário econômico sombrio.

Os ganhos dos mercados acionários asiáticos foram conduzidos pelo setor bancário, incluindo o peso-pesado HSBC, que recentemente sofreu com venda generalizada devido a preocupações sobre aumento de capital, fraqueza dos lucros e persistentes perdas relacionadas a crédito.

Entretanto, o índice Nikkei, de TÓQUIO, fechou no menor patamar em 26 anos pela segunda sessão consecutiva, prejudicado por temores sobre a competitividade global do setor farmacêutico do país, após uma fusão de 41 bilhões de dólares nos Estados Unidos. O indicador caiu 0,44 por cento, para 7.054 pontos.

O petróleo ampliava os ganhos para perto dos 48 dólares o barril em meio a expectativas de mais cortes na produção da Opep e antes da divulgação semanal de dados sobre os estoques norte-americanos, que deve mostrar uma queda nas reservas.

"É difícil pensar que os estoques irão mudar para uma tendência de alta dada a situação de crédito. O dólar deve manter seu status de seguro", disse Kazuyuki Kato, gerente do departamento do tesouro da Mizuho Trust and Banking Co, no Japão.

"Mas como os ganhos do dólar progrediram para um grau considerável, a moeda enfrentará seu pico em algum nível", completou ele.

Por volta das 8h (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne as principais bolsas região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 2,22 por cento, mais do que recuperando a queda de 1,7 por cento das três últimas sessões.

O indicador seguia rumo ao maior ganho percentual diário desde que avançou 2,5 por cento em 13 de fevereiro.

Mas a confiança nos esforços governamentais para reativar o crescimento econômico global será fundamental para sustentar a recuperação dos mercados acionários, segundo analistas.

Importantes autoridades dos Estados Unidos recomendaram que outros países intensifiquem os gastos para combater a recessão, mas a Europa ignorou o pedido.

"Nós estamos fazendo mais em semanas do que outros países fazem em anos", afirmou à Reuters Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA.

Bancos Centrais também estão cortando a taxa de juro, que já está perto do zero no Japão e nos Estados Unidos.

O Banco Central da China pode ampliar as medidas para aliviar sua política monetária, após dados divulgados na terça-feira mostrarem que o país entrou em deflação no mês passado pela primeira vez desde dezembro de 2002.

A bolsa de SYDNEY teve valorização de 0,95 por cento, a 3.184 pontos. TAIWAN ganhou 0,92 por cento e XANGAI avançou 1,88 por cento.

As ações em SEUL subiram 1,9 por cento. CINGAPURA se valorizou em 1,98 por cento, enquanto HONG KONG disparou 3,1 por cento.

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