• Carregando...

Bancos europeus afetados pela crise

Apesar de seis bancos europeus já declararem ter tido perdas na crise do mercado subprime (de hipotecas de alto risco) dos Estados Unidos, os analistas alemães acreditam que o pior já passou. O clima de desconfiança, no entanto, continua entre as instituições financeiras e deverá estragar os negócios nos próximos meses. As instituições estão receosas em fechar novos contratos.

Os primeiros a admitir que foram afetados pela crise foram o Commerzbank, Banco WestLB, Volksbank, Banco Saxonico e Fundo Union Investment, mas ainda não conseguem dimensionar o prejuízo que tiveram. O Commerzbank, com sede em Frankfurt am Main, era um dos financiadores do banco de hipotecas americano Aegis Mortgage, que declarou insolvência nos Estados Unidos nesta terça-feira. O maior banco da Alemanha, o Deutsche Bank, também financiava a Aegis Mortgage, e suas perdas podem chegar a bilhões.

Nos Estados Unidos, novos problemas com o mercado de crédito deixaram os investidores receosos na terça-feira. O Dow Jones caiu 1,57%, aos 13.028,9 pontos; o Nasdaq recuou 1,70%, aos 2.499,12 pontos; o S&P, por sua vez, fechou negativo em 1,82%, aos 1.426,54 pontos.

As bolsas internacionais voltaram a desabar nesta quarta-feira (15) e o dólar comercial é negociado no Brasil acima dos R$ 2 pela primeira vez em três meses. Na Ásia, os mercados desabaram e arrastaram os mercados europeus, que abriram em baixa.

Logo nos primeiros negócios desta quarta-feira, a moeda americana, influenciada pelo clima ruim nos mercados internacionais, subia após de encerrado a terça-feira com alta de 2,11%. Às 9h33, a moeda americana era vendida em alta de 1,01%, a R$ 2,006. O dólar vinha sendo cotado abaixo de 2 reais desde 15 de maio, patamar que não atingia desde 2001.

Na Indonésia, queda chegou a 6%

Nos mercados de ações, a pior queda nesta quarta foi na Indonésia, onde o Jakarta Composite Index caiu 6,44%, aos 2029,08 pontos. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio caiu 396 pontos (2,24%) e encerrou o pregão com 16.475,61 unidades, seu nível mais baixo desde dezembro de 2006.

Além da crise no setor imobiliário nos Estados Unidos, a valorização do iene frente ao dólar contribuiu para a quda na Bolsa de Tóquio. Analistas acreditam que as preocupações com a economia americana podem inibir o Banco Central japonês com relação à taxa de juros, que deveria ser alterada no fim do mês.

Em Hong Kong, houve queda de 2,7%. Em Seul, a queda foi mais leve mas também expressiva: 1,7%. Na Bolsa de Cingapura, a queda foi de 3,39%. Em Manila, nas Filipinas, as perdas foram de 4,08%.

Europa segue onda de quedas

Na Europa, as principais bolsas seguiram a tendência de queda na abertura dos pregões. Em Londres, na Grã-Bretanha, o índice geral FTSE-100 caiu 66 pontos (1,07%), para 6.077. Já na Bolsa e Valores de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX 30 registrou queda de 1%, para 7.348 pontos.

O pregão, em Paris, na França, abriu com o índice CAC-40 caindo 1,42%, de 5.478,66 pontos para 5.400. A Bolsa de Valores de Zurique, na Suíça, abriu o pregão desta quarta com o índice geral SMI (Swiss Market Index) caindo 51,1 pontos (0,60%), para 8.498,23.

Na terça-feira no Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 2,90%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]