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Os mercados financeiros internacionais ficaram mais calmos ontem após a divulgação de dados sobre a produção industrial nos Estados Unidos. Apareceram indícios de que a atividade econômica começou a desaquecer, o que pode reduzir as pressões sobre a inflação americana e, como conseqüência, evitar uma aceleração no ritmo de elevação dos juros nos EUA.

O presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, deu espaço para essa interpretação ao afirmar ontem que os aumentos nos preços de energia são administráveis, apesar de manter a preocupação sobre a inflação.

A Bolsa de Nova Iorque registrou uma forte alta. O índice Dow Jones (que reúne as maiores empresas dos EUA) avançou 1,83%. Já o Nasdaq (índice que reúne ações de empresas de tecnologia) subiu 2,79%. As altas também influenciaram as principais bolsas européias e de países emergentes. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve refletir hoje os ganhos das Bolsas americanas porque estava fechada ontem devido ao feriado de Corpus Christi.

A produção industrial nos Estados Unidos caiu 0,1% em maio, a primeira redução da atividade de fábricas, minas e indústrias de serviços desde janeiro. Desde maio de 2005, a produção industrial dos EUA cresceu 4,3%. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que apostava em um aumento de 0,2%. No mês anterior, havia sido registrado crescimento de 0,8%. Segundo especialistas, as fábricas podem estar desacelerando sua produção ao observarem uma queda na demanda provocada pela elevação dos gastos dos consumidores com energia.

No fim dos pregões, os índices ainda foram influenciados por comentários do presidente do Fed, Ben Bernanke, que minimizou temores de que a alta nos preços dos combustíveis elevem a inflação.

Em discurso do Clube de Economia de Chicago, Bernanke reafirmou que o Fed está preocupado com a inflação, mas que as pressões sobre os preços de energia parecem ser "administráveis".

Preocupações de que o Fed continue a aumentar os juros indefinidamente têm derrubado os mercados em todo o mundo. Com menores pressões inflacionárias, cresce a expectativa de que o BC americano eleve a taxa básica em sua próxima reunião e depois faça uma pausa.

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