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Mercado financeiro

Bovespa acompanha praça americana e fecha em alta de 1,26%

A recuperação dos índices americanos nesta tarde foi a principal referência para a alta da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta jornada. Sem indicadores e informações novas sobre o mercado de crédito imobiliário, responsável ontem por uma baixa generalizada dos ativos, as bolsas puderam se ajustar, mas a tendência de volatilidade nos mercados continua.

Depois de ter caído mais de 3% ontem, hoje o Ibovespa fechou com alta de 1,26%, aos 43.288 pontos. Ao longo do dia, o principal índice do mercado acionário paulista oscilou da mínima de 42.051 pontos à máxima de 43.289 pontos. O volume financeiro alcançou R$ 3,736 bilhões.

A volatilidade nos mercados acionários marcou boa parte do pregão de hoje. Nos Estados Unidos, os principais índices visitaram os territórios negativo e positivo algumas vezes no dia, mas acabaram sustentando ganhos após o horário do almoço. No Brasil, a Bovespa acompanhou de perto cada movimento no mercado americano.

A avaliação entre operadores do segmento é de que a volatilidade está longe de terminar, mas os investidores aproveitaram o dia, livre de novos indicadores e notícias negativas, para recompor e ajustar algumas posições antes de receber os dados de inflação nos Estados Unidos, que chegam amanhã e sexta-feira.

Para Pedro Jobim, economista-chefe do banco ING, embora os fundamentos econômicos do país continuem positivos, o ambiente no momento pode apresentar mais "solavancos" para o mercado acionário. Segundo ele, é difícil falar em recuperação no momento, já que as pessoas ainda estão avaliando os riscos do mercado mercado de crédito imobiliário dos Estados Unidos.

Os problemas de solvência enfrentados pelas instituições que lidam com o chamado crédito de baixa qualidade (subprime) poderiam, num cenário mais pessimista, afetar o crescimento da economia americana. Esse é o maior temor do mercado, já que ainda não está clara a extensão dos danos que podem ser gerados pelo problema hipotecário no país. "Pouca gente entende bem esse mercado e as coisas ainda estão se assentando", diz Jobim.

De qualquer modo, é grande a ansiedade dos agentes em relação aos números de inflação americana que serão divulgados nos EUA entre amanhã e sexta-feira. Se saírem muito diferentes das projeções feitas pelo mercado, esses números podem justificar uma nova piora no cenário externo e local.

Amanhã ocorre a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e na sexta-feira será conhecido o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), além da produção industrial daquele país. Portanto, os ganhos de hoje podem representar apenas um "fôlego" para os investidores antes de números que podem mudar o rumo dos negócios.

No índice brasileiro, a alta mais expressiva foi obtida pelas ações PN da Brasil Telecom, que subiram 4,26% (R$ 11). Em seguida apareceram as ações ON da Companhia Siderúrgica Nacional, que avançaram 3,81% (R$ 77,68). Na ponta inversa, as ações ON da TIM participações terminaram com perda de 2,06% (R$ 9,64), seguido das preferenciais da Telesp, que declinaram 1,33% (R$ 50,76).

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