O mercado brasileiro de ações anda "de lado" (sem tendência definida) nesta segunda-feira, dividido entre operações de realização de lucros e a manutenção das compras dos investidores estrangeiros. Às 16h09m, o Índice Bovespa recuava 0,02%, aos 37.816 pontos. O volume de negócios somava R$ 1,564 bilhão.
A Bovespa vem batendo sucessivos recordes de pontos nos últimos dias, graças à entrada de fundos estrangeiros no mercado. As informações são de que os fundos já teriam comprado em janeiro cerca de um terço de tudo o que adquiriram em 2005.
- As bolsas americanas têm um desempenho fraco, o que acaba contribuindo para a Bovespa ter um dia menos eufórico. Mas o cenário é positivo, com destaque para a alta liquidez internacional e a queda de juros no Brasil - disse um operador.
Passadas as divulgações de indicadores econômicos internos (balança comercial, superávit primário e IGP-M), os investidores voltam as atenções agora à terça-feira. O Federal Reserve começa nesta terça a reunião para decidir sobre os juros básicos americanos. A expectativa é de elevação de 0,25 ponto percentual na taxa americana, que passaria a 4,50% ao ano.
A curiosidade é maior agora, porque esta será a última reunião do Fed sob o comando de Alan Greenspan, que passará o bastão a Ben Bernanke. Apesar de o novo presidente do Fed ter feito discursos positivos para o mercado, há a apreensão quanto à mudança na direção da instituição.
Entre as ações do Ibovespa, as maiores altas são de ações do setor de siderurgia, ainda refletindo a oferta hostil feita pela Mittal Steel à Arcelor. Usiminas PNA (+5,33%) e CSN ON (+4,38%) são as maiores altas do índice.
No mercado de câmbio, o dólar também opera perto da estabilidade. A moeda americana recua 0,05%, cotada por R$ 2,214 na compra e R$ 2,216 na venda. O Banco Central vendeu contratos de swap reverso correspondentes a US$ 212 milhões. O BC também comprou dólares no mercado à vista, que fizeram a moeda americana a reduzir a baixa com que operava.
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