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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem forte alta influenciada pelo bom humor dos mercados internacionais e ultrapassou os 59 mil pontos pela primeira vez na história.

Às 14h25, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações, subia 1,21%, para 59.570 pontos, depois de ter batido 59.768 pontos. O volume financeiro era de R$ 2.813 bilhões. Nos últimos dois pregões, o Ibovespa fechou em níveis recordes. O dólar caía 0,32%, para R$ 1,854.

Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora, a alta da Bovespa é impulsionada pelo fluxo de recursos estrangeiros na bolsa brasileira, que, desde a decisão do Fed (banco central americano) de cortar os juros em 0,5 ponto percentual na semana passada, se mantém positivo. Segundo ele, as principais previsões apontam que o Ibovespa deverá subir até os 62 mil pontos.

- O recorde mostra que o Brasil passou a ser uma prioridade entre os países emergentes para os investidores - afirma Bandeira.

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De acordo com analistas, a alta nos mercados internacionais é puxada pelo acordo para o fim da greve na General Motors, nos Estados Unidos , que tem peso forte na Bolsa de Nova York, e do crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no segundo trimestre.

Nos Estados Unidos, no entanto, foi divulgada a queda acima do previsto das encomendas de bens duráveis. Segundo dados do Departamento do Comércio americano, os pedidos de bens duráveis diminuíram 4,9% em agosto depois de um acréscimo de 6,1% um mês antes (número revisto) . A expectativa dos economistas era de queda de 3,1% a 4% nas encomendas.

Alguns analistas dizem que, após a queda da confiança do consumidor divulgada na terça-feira, o mercado já começa a apostar em um novo corte da taxa de juros americana, reduzida em 0,5 ponto percentual na semana passada. Isso também estaria influenciando a alta do mercado na terça e nesta quarta.Mercado já espera novo corte dos juros nos EUA

- Você fica entre notícias econômicas decepcionantes e esperanças de corte de juro. Perversamente, notícias ruins são vistas como notícias boas - disse Eric Betts, estrategista do banco de investimentos Nomura, da Australia, acrescentando que "isso sugere um percurso agitado adiante".

Em Nova York, às 14h30 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,61%, o SP 500 tinha alta de 0,51% e o eletrônico Nasdaq se valorizava 0,74%. Na Europa, o londrino FTSE-100 (0,56%), o CAC-40, de Paris, (0,87%) e o DAX, de Frankfurt, (0,45%) fecharam em alta.

A alta em Londres era puxada pelos papéis da Northern Rock, que avançavam mais de 10% depois de a instituição britânica que concede empréstimos imobiliários avisar, na noite de terça, que iniciou conversações com possíveis compradores, mas que ainda não é certo de que haverá um acordo.

Na Ásia, as principais bolsas fecharam sem rumo comum. Em Tóquio, o Nikkei 225 teve valorização de 0,21%, para 16435,74 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, cedeu 1,61%, ficando em 5338,52 pontos.

Os mercados em Hong Kong e Coréia do Sul ficaram fechados nesta sessão por causa de feriado.

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