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Se a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não reagir à turbulência que vem abatendo os mercados mundiais na primeira quinzena de agosto, pode fechar o mês na maior desvalorização desde maio do ano passado. Isso porque a bolsa paulista terminou os primeiros 15 dias do mês com queda acumulada de 9%.

Se fechasse o mês nesse percentual, seria a mais forte baixa desde maio de 2006, quando o Ibovespa, seu principal índice, encerrou o mês com queda de 9,4%. Em 2007, a bolsa só fechou até agora dois meses no vermelho: fevereiro (-1,6%) e julho (-0,3%), segundo números da Bovespa.

O mercado de câmbio também sente os reflexos do nervosismo mundial: o dólar já subiu 7,86% no mês. No acumulado do ano, no entanto, a cotação ainda registra queda de 4,96%.

A razão para tanta volatilidade continua a mesma que já vinha assombrando os investidores nos últimos meses: a especulação de que os problemas do setor de empréstimos imobiliários nos EUA possam contaminar a maior economia do mundo – o que atrapalharia o crescimento econômico mundial e "enxugaria" a quantidade de dinheiro correndo pelos mercados internacionais.

De verdade

Em agosto, no entanto, o clima de tensão se agravou porque as previsões pessimistas dos investidores vêm sendo substituídas por doses de realidade. Importantes fundos de investimento suspenderam temporariamente os resgates de dinheiro por parte de seus clientes, com medo de não conseguir arcar com os pagamentos.

Além disso, mercado acompanha atento os indicadores econômicos dos Estados Unidos: dados divulgados na quarta-feira (15) mostram que a venda de casas de segunda mão nos Estados Unidos é a pior em 13 anos; as ações da maior empresa de financiamento de imóveis dos EUA fecharam o dia com baixa de 13%.

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