A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a quarta-feira em alta modesta, resistindo ao dia negativo nas demais bolsas internacionais. A recuperação foi puxada, principalmente, pela forte valorização registrada para as ações da Petrobras. O termômetro da bolsa paulista, o índice Ibovespa, ficou 0,50% mais alto e alcançou os 49.842 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4 bilhões, abaixo da média do mês (R$ 5,62 bilhões/dia).
As ações da Petrobras e da Vale sustentaram a bolsa ontem, num mercado ainda bastante incerto sobre a aprovação ou não do pacote anticrise proposto pela Casa Branca. A ação preferencial da petrolífera teve alta de 3,72%, enquanto o papel da mineradora valorizou-se 1,87%. Somados, os papéis responderam por mais de 30% dos negócios da Bovespa. "Em função dessa insegurança toda, as ações da Petrobras, que têm muito peso na bolsa, passaram a atrair os compradores. É quase um consenso entre os analistas de que esse ativo não tem motivo nenhum para estar tão barato, principalmente por causa das últimas descobertas de campos de petróleo", comenta o operador da corretora Walpires, Boris Kogan.
Profissionais de corretoras comentam que o mercado está em suspense, à espera de que o plano bilionário para absorver os créditos problemáticos do sistema financeiro americano seja aprovado pelo Congresso dos EUA. "Se nos próximos dias não houver novidades sobre isso, o mercado pode ficar bastante nervoso", afirma Luiz Fernando Moreira, da corretora de câmbio Dascam.
As bolsas européias não conseguiram escapar da preocupação generalizada com o pacote anticrise americano. Em Londres, o índice FTSE retraiu-se 0,78%, enquanto o índice Dax, de Frankfurt, caiu 0,25%. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque oscilou bastante e fechou em baixa de 0,27%.
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