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Nesta terça-feira foi registrada a segunda maior alta da bolsa nacional no ano, atrás apenas dos 14,66% registrados no dia 13 de outubro | Reuters/Paulo Whitaker
Nesta terça-feira foi registrada a segunda maior alta da bolsa nacional no ano, atrás apenas dos 14,66% registrados no dia 13 de outubro| Foto: Reuters/Paulo Whitaker

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de euforia nesta terça-feira (28), rompendo uma seqüencia de cinco quedas consecutivas. O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro, fechou em alta de 13,42%, aos 33.386 pontos. O giro financeiro ficou na casa dos R$ 4,9 bilhões.

Foi a segunda maior alta da bolsa nacional no ano, atrás apenas dos 14,66% registrados no dia 13 de outubro, com a reação a pacotes de ajuda ao setor financeiro em vários países. Mesmo com o resultado, a Bovespa ainda acumula perdas de 47,7% no ano e de 54,6% desde o pico de valorização em 2008, no dia 20 de maio.

Nenhuma ação brasileira fechou em baixa nesta terça-feira. As maiores altas foram registradas por ações como a Cyrela Realty (+33,54%), a Gafisa (+29,53%) e a Lojas Americanas (+28,04%).

Grandes empresas, como a Petrobras e a Vale, tiveram um dia de recuperação: a primeira subiu 10,71%, enquanto a segunda ganhou 13,38%. Os bancos também se recuperaram: Itaú avançou 8,85%, o Bradesco subiu 12,25% e o Banco do Brasil, 13,24%.

Também repercutiu no Brasil a notícia de que o governo vai anunciar amanhã novas linhas de crédito entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para o setor de construção civil, conforme adiantado nesta terça-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Euforia nos EUA

A disparada dos índices no Brasil acompanhou a forte alta de Nova York, onde o índice Dow Jones registrou uma alta de 10,88%. Em ambos os países, os investidores trabalharam com a perspectiva de alterações nas taxas de juros.

Nos EUA, a expectativa é de redução, o que ajudaria a combater o temor de uma recessão. Já no Brasil, os analistas ainda se mostram divididos sobre os rumos da taxa. Os respectivos bancos centrais irão apresentar suas decisões na tarde de quarta-feira (29).

A valorização das bolsas resistiu até mesmo ao impacto provocado por indicadores econômicos negativos. Nos EUA, o índice de confiança do consumidor - que registra a avaliação da população americana para a economia atual e futura - teve em outubro nível histórico de baixa.

Além disso, o Banco da Inglaterra estimou que as perdas globais para bancos e investidores na crise financeira podem chegar a US$ 2,8 trilhões. O número é equivalente a mais de duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro (de US$ 1,3 trilhão, segundo dados do Banco Mundial).

Cenário mundial

As bolsas da Europa fecharam com valorização, com destaque para Frankfurt, que teve alta de mais de 11% puxada pela disaparada das ações da Volkswagen, que chegou a tornar-se a maior empresa do mundo no dia por conta da valorização de suas ações. Em outros mercados, Londres subiu quase 1,9%, enquanto Paris valorizou-se 1,55%.

Na Ásia, o dia também foi de altas. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio, que chegou a operar no vermelho no início desta terça, fechou o dia em alta de 6,40%. A Bolsa de Valores de Seul, na Coréia do Sul, também mostrou recuperação. Seu mais importante índice, Kospi, encerrou com ganhos de 5,57%. Em Xangai, a alta foi de 2,81%.

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