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Atualizado em 22/01/2006 às 19h20

Na véspera do primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definirá os rumos da taxa básica de juros do país, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta, depois de um dia marcado por forte instabilidade.

No início da manhã, o mercado reagiu positivamente ao Programa de Aceleração da Economia (PAC), mas logo as ações recuaram puxadas pelos mercados internacionais, voltando a subir no encerramento do pregão. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, avançou 0,29%, aos 43.553 pontos. O movimento financeiro foi de R$ 2,456 bilhões.

O risco-país, termômetro da confiança dos investidores na economia brasileira, subia 2,17%, aos 188 pontos básicos, um a mais que no fechamento de sexta-feira.

Segundo o analista de investimentos do Banco Prosper, Gustavo Barbeito, a semana é de poucas notícias relevantes, o que acaba deixando do pregão à deriva.

— Faltam dados econômicos importantes. Há alguns resultados corporativos saindo nos Estados Unidos e o preço do petróleo oscilando muito. Qualquer coisa diferente que aconteça em dia de pouca notícia acaba ganhando importância — diz.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones tinha queda de 0,66%, a 12.481,80 pontos; o Nasdaq caía 0,72%, a 2.433,54 pontos; o S&P, por sua vez, tinha perda de 0,47%, a 1.423,81 pontos.

No mercado de petróleo, o WTI, que chegou a operar em alta, recuava 0,58%, a US$ 51,5. O Brent caía 0,77%, a US$ 52,380.

DÓLAR

Também influenciado pelo cenário externo, o dólar fechou em alta de 0,33%, a R$ 2.1370 . O pacote econômico não chegou a empolgar o mercado de câmbio. A previsão é de investimentos de R$ 500 bilhões até 2010.

— O mercado achou que não vai sair do papel... tem algumas coisas que são factíveis, mas a maioria (das medidas) vai ter que ter muita conversa — disse Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy.

O mercado aguarda o resultado da reunião do Copom, que termina na quarta. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual, para 13% ao ano .

Já o gestor de renda variável da Americainvest, Marcelo Penteado, diz que ainda não houve tempo para a digestão dos anúncios. De qualquer forma, o efeito foi positivo:

— Ainda não dá para fazer uma análise. O que sabemos é que há um pacote para fazer o país crescer. E isso favorece as empresas de uma maneira geral, sem destaques na bolsa — diz.

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