A Bolsa de Valores de São Paulo subiu quase 3% cento nesta segunda-feira, em um movimento de ajuste depois da queda de cerca de 8% da semana passada. A valorização acompanhou a recuperação de Wall Street. O Ibovespa avançou 3,18% por cento, para 54.572 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 3,9 bilhões.
A forte alta das ações da Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce puxaram a recuperação. As ações da Vale sobiram 3,88%, a R$ 78,70. As da Petrobras tiveram ganho de 4,56%, a R$ 53,39. As duas empresas têm forte peso na composição da carteira teórica do índice da bolsa.
Dólar
O dólar, por sua vez, recuou 1%, negociado a R$ 1,87,60. O risco-país, por sua vez, caiu pela primeira vez desde 12 de julho, para 209 pontos básicos, com baixa de três pontos.
Segundo o diretor da Ágora Corretora, Alvaro Bandeira, no entanto, a expectativa ainda é de volatilidade, com os investidores preocupados com o mercado de crédito subprime (de alto risco) nos Estados Unidos.
Segundo ele, o saldo de captação de fundos de hight yield (alto risco e grande rentabilidade) ficou negativo pela sétima semana consecutiva, com perdas de US$ 672 milhões na semana passada.
Ouça a análise de Alvaro Bandeira, da Corretora Ágora, sobre a bolsa .
Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,70%, aos 13.358,3 pontos; o Nasdaq teve alta de 0,82%, aos 2.583,28 pontos; o S&P, por sua vez, encerrou o dia em alta de 1,03%, aos 1.473,91 pontos.
Segundo a CNN Money, o diretor e consultor financeiro da Putnam Investmentos David Kelly atribui a queda à insegurança dos investidores em relação ao impacto dos empréstimos subprime (imobiliários de alto risco) no mercado.
No Brasil, em função das turbulências dos últimos dias, a Cyrela Realty suspendeu uma emissão de títulos aprovada em reunião do conselho de administração, no valor de R$ 500 muilhões.
Na Europa, também em função da aversão ao risco, as principais bolsas fecharam em queda .
Focus: mercado eleva previsão de inflação
De acordo com pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central com especialistas do mercado, as previsões de crescimento da inflação medida pelo IPCA neste ano subiram de 3,70% na semana passada para 3,72% na mais recente pesquisa. A expectativa em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se manteve estável em 4,5% em 2007 e 4,2% em 2008.
No mercado de juros futuros, os contratos com vencimento em janeiro de 2009, os mais líquidos, projetavam taxa de 10,970% ao ano, com alta de 0,01 ponto percentual.
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