A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta pelo quarto dia consecutivo, ainda no embalo do mercado de ações americano e da falta de notícias no cenário político brasileiro. O índice Ibovespa teve ganhos de 1,05%, alcançando 36.486 pontos e volume financeiro de R$ 2,145 bilhões.
Já o dólar recuou 0,69%, para R$ 2,1710, mesmo com uma intervenção do Banco Central no mercado à vista.
O destaque foi para os papéis da Vivo, que subiram 8,57%, a R$ 6,84, com a maior alta do índice. A valorização refletiu o aval dado pela entidade reguladora da concorrência de Portugal à realização da Oferta Pública de Ações proposta pela Sonaecom à Portugal Telecom , que controla a Vivo no Brasil. A expectativa de investidores é de que a operação seja estendida ao Brasil, assim como deverá ocorrer entre Mittal e Arcelor.
Também com fortes ganhos - e ajudando a puxar o Ibovespa para cima - estiveram papéis da Petrobras e da Vale do Rio Doce que, juntas, têm 25% de peso em sua composição. A estatal brasileira de petróleo viu suas ações subirem 1,24%, para R $40,60, com a alta de mais de 3% no preço do petróleo em Londres. As ações da Vale do Rio Doce subiram 1,23%, para R$ 40,08. A empresa anunciou uma joint venture na China em uma usina de pelotização.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 0,25%, para 11.718,5 pontos, depois de chegar a operar em seu recorde de pontuação puxado por resultados positivos da GM e de outras empresas.
O indicador, no entanto, não se sustentou, influenciado por um resultado mais fraco do que o esperado em relação à revisão do PIB no segundo trimestre do ano. O indicador ficou em 2,6% na taxa anualizada, contra expectativas de 2,9%.
O Nasdaq subiu 0,29%, para 2.270,02 pontos e, o S&P, 0,19%, para 1.339,15 pontos.
- Os dados do PIB refletem muito um período que já passou. O mercado está olhando mais para frente e refletindo números positivos que saíram nos últimos dias, como venda de imóveis novos - diz o gestor de ativos da Máxima Asset, Fabio Cardoso.
Para o gestor de renda fixa da corretora Concórdia, Jorge Alberto Cabral, a questão política deixou de influenciar a Bovespa.
- As pesquisas do Ibope e da Datafolha foram parecidas com indicadores que já haviam saído pela Census, apontando para a vitória de Lula no primeiro turno. Isso é positivo porque evita um embate maior entre entre PSDB e PT - diz.
No mercado de juros futuros, contratos referenciados em Depósitos Interfinanceiros com vencimento em janeiro de 2008 projetaram taxa de 13,640%, com queda de 0,01 ponto percentual. O risco-país recuou 2,52% para 232 pontos centesimais.
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