O Ibovespa, indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), subiu 2,67%, aos 55.241 pontos, no encerramento do pregão de ontem. Profissionais notaram que mudou o humor do mercado, com investidores retornando às compras após a crise de fins de julho. E apontam para o volume expressivo de ontem: R$ 4,99 bilhões.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,887 para venda, com decréscimo de 1,04%. O risco-país, medido pelo índice Embi+, marcava 172 pontos, com recuo de 8,5% sobre a pontuação final de anteontem.
Leitura positiva
"O mercado subiu com volume financeiro. De tarde, houve um pouco de realização [vendas] e a Bolsa estava subindo 1,6%, mas teve volume para ir ainda mais no fechamento. Nós costumamos dizer que o mercado fechou 'tomador'. Pode ser um sinal de que amanhã [hoje], na abertura, continue a valorizar", afirma João Carlos Bercher, gerente da mesa de operações da corretora Petra.
Ontem, investidores e analistas fizeram uma leitura razoavelmente positiva sobre a reunião em que o "Fed" manteve a taxa básica de juros dos Estados Unidos (EUA) em 5,25% ao ano. Se por um lado a autoridade monetária sinalizou que não deve baixar os juros tão cedo alguns esperavam já em setembro por outro, não ratificou o nervosismo do mercado com a crise do setor de crédito imobiliário americano, às voltas com um nível de inadimplência acima do esperado.
Bons sinais
O volume registrado nos últimos dias e ontem pode ser um sinal, ainda incipiente, do retorno dos estrangeiros ao pregão brasileiro. No ano, o saldo de investimentos de não-residentes está negativo em R$ 4,3 bilhões. Bercher nota a valorização acima do índice de "blue-chips" (ações mais negociadas) como a ação preferencial da Petrobras (3,7%) e a preferencial da AmBev (5,2%), como um indicativo dessa "volta" dos estrangeiros.
Entre as principais notícias do dia, a petroquímica Braskem anunciou lucro líquido de R$ 408 milhões no primeiro semestre de 2007 um acréscimo de 344% sobre o mesmo período do ano passado (R$ 92 milhões). A ação teve ganho de 3,55%.
No setor siderúrgico, o grupo Gerdau divulgou lucro de R$ 1,725 bilhão no primeiro semestre deste ano, um resultado 4,6% inferior aos ganhos apurados no mesmo período em 2006. A ação preferencial valorizou 0,47%.



