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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 3,33% nesta quinta-feira, aos 37.748 pontos. O dólar comercial caiu 3% e encerrou cotado a R$ 2,253. Em todo o mundo, o mercado financeiro teve um dia positivo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,82% e o Nasdaq, 1,88%. O risco Brasil recuou 1,5%, aos 262 pontos centesimais.

Segundo o analista Gustavo Barbeito, da corretora Prosper, assim como caiu mais do que a média das bolsas internacionais, a Bovespa tende a registrar valorizações mais intensas.

- O Brasil, pela liquidez e pelo próprio perfil de risco, tem essa característica de registrar variações elevadas - afirmou Barbeito.

Em maio, o Ibovespa acumulou queda de 9,49%, seu pior desempenho mensal desde abril de 2004. Já o dólar teve valorização de 11,25%, a maior alta registrada em um mês desde setembro de 2002.

Ao contrário dos últimos dois dias, quando voltou a fazer leilões de swap cambial, o Banco Central não interveio no mercado de câmbio. De acordo com o gerente da corretora Novação, José Roberto Carreira, o volume de negócios interbancários atingiu R$ 2,4 bilhões, bem acima do registrado ontem (R$ 1,4 bilhões).

- Os negócios se concentraram na parte da manhã, após a divulgação de dados da economia americana - comentou Carreira.

Nos Estados Unidos, foram divulgados vários indicadores que podem influenciar a inflação e, conseqüentemente, as taxas de juros. Apesar de não ofecerem uma interpretação conclusiva, os investidores reagiram bem.

Um relatório do governo informou que a produtividade dos trabalhadores aumentou 3,7% no primeiro trimestre, acima do número preliminar (3,2%), porém abaixo da expectativa do mercado, de 3,9%. O aumento da produtividade é tido como um dos fatores que podem atenuar as pressões inflacionárias (pois indica justamente a capacidade de as empresas absorverem aumentos de custos).

Por outro lado, os pedidos de auxílio-desemprego superaram as previsões, elevando a média das solicitações em quatro semanas para o nível mais alto desde outubro de 2005. Isso mostra o desaquecimento da economia e pode aliviar temores de inflação.Ontem, ao divulgar a ata de sua última reunião, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) confessou que está indeciso na condução da política monetária do país, em um momento em que busca a taxa de juros neutra (que propicia o maior crescimento possível com a inflação sob controle).

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