Bovespa fecha em alta, mas Europa ainda preocupa

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O Ibovespa encerrou o dia em leve alta com as preocupações sobre a economia da zona do euro ainda persistindo, apesar de algumas notícias positivas que surgiram nesta quarta e quinta-feira.

O índice registrou alta de 0,17%, a 56.381 pontos. O volume financeiro do pregão foi de 5,39 bilhões de reais.Segundo o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, o anúncio de que o Banco Central Europeu fará uma ação conjunta com o Federal Reserve para aumentar a liquidez na zona do euro animou o mercado, mas novos dados econômicos voltaram a preocupar os investidores.

"A situação ainda está complicada", disse Brugger, que considera também que os ganhos registrados na quarta e quinta-feira não têm fundamentos sólidos.Na quarta-feira, o Ibovespa subiu 1,34%, após o comunicado conjunto do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e da chanceler alemã, Angela Merkel, de que o futuro da Grécia será dentro da zona do euro.

Entre as ações do índice, MMX teve a maior alta, de 2,7%, a R$ 8,36. Bradespar veio logo atrás, subiu 1,95 %, a R$ 36,64. Redecard ganhou 1,8 %, a R$ 26,06, e Itaú Unibanco avançou 1,66%, a R$ 28,75.Segundo Brugger, o setor financeiro tem sido afetado pela turbulência na Europa e os riscos ligados aos bancos do continente. "Hoje teve uma correção porque o setor sofre bastante com a aversão ao risco", explicou.

Na ponta contrária, Marfrig teve a maior baixa, de 5,38 %, a R$ 7,92, seguida por Natura, com recuo de 4,31%, a R$ 35,12.No setor de consumo também houve correção, mas para baixo, disse o analista, lembrando que esses papéis tinham subido depois do corte da Selic no final de agosto, em 0,5 ponto percentual, para 12%.

A ação com o maior volume, por sua vez, foi a preferencial da Vale, com giro de 744 milhões de reais, e alta de 1,35%, a R$ 42,72.

Fora do índice, o destaque de ganho foram os papéis da Positivo, que registraram forte alta de 15,6 %, a 6,30 reais. O papel registrou 890.632 negócios, ante 121.759 no pregão anterior.

Um profissional do mercado ligado à companhia disse sob condição de anonimato que a alta pode estar relacionada à possível compra das ações por um investidor estrangeiro.