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Pressionado por dados negativos sobre a economia da China, o principal índice de ações da Bolsa brasileira fechou nesta quinta-feira (2) em queda de 1,05%, aos 55.321 pontos. O movimento do índice foi pressionado principalmente por papéis de empresas ligadas às commodities (matérias-primas), uma vez que a China é o principal consumidor desses produtos no mundo.

As ações mais negociadas da mineradora Vale, que representam mais de 8% do Ibovespa, caíram 2,72%, para R$ 31,75 cada. O movimento refletiu a notícia de que o crescimento do setor industrial da China desacelerou em abril uma vez que as novas encomendas de exportação caíram pela primeira vez neste ano.

Os dados foram revelados na pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), sugerindo que a recessão da zona do euro e a fraca demanda dos Estados Unidos podem ser riscos à recuperação econômica chinesa. A China é o principal destino internacional do minério de ferro produzido pela Vale atualmente.

Outra mineradora presente na Bolsa brasileira, a MMX Mineração, de Eike Batista, também registrou queda hoje, de 7,17%, para R$ 2,20 cada. Como a China também possui forte demanda por outras commodities além do minério, os papéis de companhias dos setores siderúrgico também caíram forte nesta quinta. As ações mais negociadas da Usiminas, por exemplo, registraram desvalorização de 3,65%, para R$ 9,50 cada.

Na contramão, os papéis mais negociados da Petrobras, que representam mais de 8% do Ibovespa, fecharam em alta de 0,79%, em R$ 20,25 cada, ajudando a amenizar a queda da Bolsa brasileira no dia."O movimento da Petrobras foi na contramão do restante das ações por conta da alta nos preços do petróleo no mercado internacional", disse Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.

Agenda

O desaquecimento do setor industrial chinês ofuscou o fato de o BCE (Banco Central Europeu) ter reduzido hoje a taxa básica de juros na zona do euro para 0,5% ao ano, uma queda de 0,25 ponto percentual. O índice, que não era revisado desde julho do ano passado, chegou a um novo recorde histórico.A redução da taxa é encarada como uma resposta ao aprofundamento da crise econômica, devido à alta dívida pública e deficit nas contas estatais dos países-membros da União Europeia. O ajuste fiscal dos governos, que é aplicado desde 2010, ainda dificulta o crescimento econômico na maioria dos países.

Também ficaram em segundo plano as referências vindas dos EUA. Por lá, o número de americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu com força na semana passada, para seu menor nível desde o início da recessão de 2007 a 2009.

O resultado sugere que o mercado de trabalho ainda está se recuperando apesar da fraqueza na economia dos EUA em geral.Além disso, a produtividade fora do setor agrícola dos Estados Unidos cresceu 0,7% no primeiro trimestre deste ano, em taxa anualizada, abaixo do previsto pelo mercado, com crescimento na produção acelerando bruscamente e empregadores desacelerado ganhos nas horas trabalhadas.

Já o déficit comercial dos EUA caiu mais do que o esperado em março uma vez que as importações registraram a maior queda desde 2009, no mais recente sinal de desaceleração da demanda doméstica.No Brasil, os investidores avaliaram a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), que desacelerou para uma alta de 0,52% na quarta quadrissemana de abril, que corresponde ao fechamento do mês, depois de encerrar março com elevação de 0,72%, informou hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas).

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