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A ata do Copom e a elevação dos juros na China pressionando para baixo os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nesta quinta-feira. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,63%, totalizando 39.751 pontos.

O dólar comercial voltou a rondar a 'barreira psicológica' dos R$ 2,10, a quinta vez somente este ano. A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 2,103 para compra e R$ 2,105 para venda, com queda de 0,66%.

Segundo analistas, essa desvalorização do dólar também refletiu a ata do Copom. O entendimento geral é de que o Banco Central enviou um recado para o mercado: de agora em diante, os juros devem cair em ritmo mais lento. Com isso, vão atrair mais investidores estrangeiros e a perspectica de entrada de mais recursos no país.

Bovespa

Os papéis mais afetados com a possibilidade de menor crescimento da China e, conseqüentemente menores importações asiáticas, foram os de empresas exportadoras.

A inesperada decisão do governo chinês de aumentar a taxa básica de juros do país, de 5,58% para 5,85% ao ano, com o objetivo de atenuar o ritmo de crescimento da economia do país, acabou produzindo efeitos negativos sobre as fabricantes brasileiras de commodities.

Dentre as maiores baixas registradas pelo pregão da Bovespa, estavam as ações preferenciais da Acesita, com desvalorização de 4,27%. Os papéis PNA da Vale do Rio Doce apresentaram queda de 2,75%. No setor siderúrgico, o destaque negativo ficou com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN ON), com -3,25%.

Varig

O anúncio feito pelo ministro da Defesa de que o governo poderia ajudar, via BNDES , a solucionar a crise da Varig repercutiu positivamente sobre as ações da companhia, um dos destaques do dia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

As ações preferenciais da empresa aérea (Varig PN) chegaram a registrar valorização de 12% mas fecharam com alta de 9,43%, cotadas a R$ 1,16.

Juros

Os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2008, os mais negociados na BM&F, projetaram taxa anual de 14,70%, mantendo-se estáveis. Os contratos para julho deste ano, já com a aposta para a próxima reunião do Copom, projetaram corte de 0,3 ponto percentual.

A decisão da China de aumentar os juros, o tom mais otimista que o esperado do discurso do presidente do Fed (banco central americano) e a ata do Copom, considerada excessivamente conservadora pelo mercado, foram as novidades do dia, na opinião dos analistas.

- Não me lembro de, num só dia, três fatores tão importantes terem saído exatamento ao contrário do que o mercado esperava. Foi uma surpresa - disse o economista-chefe da Corretora Liquidez, Marcelo Voss.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, o principal indicador da Bolsa de Nova York, subiu 0,25%, totalizando 11.382,50 pontos, e o Standard & Poor's 500 avançou 0,33%, para 1.309,72 pontos. O Nasdaq ganhou 0,49%, a 2.344,95 pontos.

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