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São Paulo - Com valorização de 7,18% ao longo de março, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou seu melhor mês desde abril do ano passado. A rentabilidade oferecida pelas aplicações menos arriscadas, que pagam juros, foi bem mais modesta no período. Os CDBs, que se destacaram nos últimos meses de 2008, deram retorno médio de 0,96% em março e de 2,8% no ano.

Para os fundos DI, que são os que acompanham mais de perto a oscilação da taxa básica Selic, que está em processo de redução, os próximos meses devem ser de retornos mais fracos. Em março, esses fundos pagaram, na média, 0,97%. A poupança ainda aparece na lanterna das aplicações, com retorno de 0,65% no mês e de 1,89% no trimestre. Todavia, com a queda da taxa Selic (e descontados IR e taxa de administração), teme-se que a poupança se torne, em breve, mais atraente que muitos fundos.

"A recuperação da bolsa em março deve ser encarada com cautela. A volatilidade vai seguir no mercado por um bom tempo ainda. Por isso, não dá para afirmar que o mercado de ações não vai voltar a enfrentar períodos de quedas", alerta o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa.

A entrada de capital externo foi decisiva para a recuperação da Bovespa no mês. Responsáveis por cerca de 35% das operações feitas em pregão, os investidores estrangeiros mais compraram que venderam ações durante março. Até o dia 27, o saldo das operações da categoria estava positivo em R$ 2,16 bilhões, o melhor mês desde abril de 2008.

O fluxo mais expressivo de capital externo para o mercado brasileiro ajudou a fazer o dólar recuar 2,19% no mês. Cotada a R$ 2,318 ontem, a moeda tem depreciação de 0,69% no acumulado do ano.

A recuperação do mercado de ações em março não se restringiu ao Brasil. Em Wall Street, o índice Dow Jones acumulou valorização de 7,73% ao longo do mês. O índice S&P subiu 8,5%, em seu melhor mês desde 2002.

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