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O índice Ibovespa terminou as negociações desta segunda-feira (9) em recuo de 0,98% | Paulo Whitaker/Reuters
O índice Ibovespa terminou as negociações desta segunda-feira (9) em recuo de 0,98%| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou queda no primeiro pregão desta semana, em meio aos indicadores econômicos negativos e ao recuo dos papéis do setor financeiro em Nova York.

O índice Ibovespa, principal referência para o mercado brasileiro, terminou as negociações desta segunda-feira (9) em recuo de 0,98%, para 36.741 pontos. O giro financeiro foi de R$ 2,7 bilhões.

Durante o pregão, os agentes financeiros repercutiram o anúncio realizado na noite da última sexta-feira que a Petrobras registrou lucro líquido recorde de R$ 33 bilhões em 2008. Após alternarem tendências de alta e baixa, os papéis ON da empresa terminaram com queda de 1,80%, para R$ 31,51.

Para o gerente de tesouraria da Prime Corretora, João Carlos Reis, a Bovespa refletiu o noticiário externo negativo e a perda de valor dos papéis do setor financeiro no mundo todo.

Além disso, explica o gerente, o desânimo do mercado doméstico resulta em aumento nas apostas de que o Banco Central será mais incisivo na redução da taxa básica de juros, em decisão que será anunciada na noite de quarta-feira.

Reis acredita em corte de 1,5 ponto percentual na Selic, mas aponta que existem agentes apostando em corte de até 2 pontos percentuais.No mercado interno, a CNI divulgou nesta segunda-feira uma retração do setor industrial no mês de janeiro e também reduziu suas expectativas para o crescimento da economia em 2009.

HSBC em baixa

Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Moody´s rebaixou a perspectiva de rating do banco HSBC de estável para negativa e reduziu a classificação de força financeira da instituição de B para C+.

Fora isso, os agentes avaliam as previsões feitas pelo Banco Mundial no final de semana, que apontam para a primeira contração da economia global desde a Segunda Guerra Mundial.

A questão, segundo Reis, é que a recuperação da economia vai se tornando algo cada vez mais distante. "O cenário está complicado e o primeiro semestre já está comprometido" , resume.

Panorama

No exterior, a Bolsa de Nova York opera instável. Após iniciar o dia em alta, os indicadores mudaram de tendência e por volta das 18h20 de Brasília o índice Dow Jones mostrava queda de 1,38%.

No setor corporativo, Os conselhos de administração dos grupos farmacêuticos americanos Merck e Schering-Plough anunciaram nesta segunda-feira a conclusão de um acordo para uma fusão, em uma transação que envolve troca de ações e pagamento em dinheiro, por um total de US$ 41,1 bilhões.

Na Europa, as bolsas encerraram em baixa pela terceira sessão consecutiva, conforme a fraqueza das ações dos setores financeiro e de telecomunicações superou o desempenho positivo dos papéis do setor de energia em meio à forte alta nos preços do petróleo.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais ações europeias, recuou 0,6%, para 657 pontos. O indicador já acumulou perdas de 21% até agora neste ano, após ter despencado 45% em 2008.

Mais cedo, o mercado asiático começou a semana em queda. A bolsa de Tóquio perdeu 1,21% nesta segunda-feira (9). O índice Nikkei 225 encerrou o pregão a 7.086 pontos, menor nível desde 6 de outubro de 1982.

O mau resultado foi puxado pelo anúncio de um déficit corrente de 172,8 bilhões de ienes (US$ 1,8 bilhão) em janeiro no Japão, o primeiro em 13 anos.

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