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Além dos sete postes derrubados, outros ficaram retorcidos | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Além dos sete postes derrubados, outros ficaram retorcidos| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovepa) e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) lançam amanhã no mercado o POP (Proteção do Investimento com Participação), produto desenvolvido especialmente para atrair pequenos investidores – normalmente mais avessos ao risco – para o mercado de capitais. O POP é uma espécie de proteção ao investidor para o caso de desvalorização das ações que ele comprou. Como "pagamento" por ela, o investidor abre mão de uma participação nos eventuais ga-nhos do investimento.

"Queremos que aqueles que querem minimizar os seus riscos possam encontrar aqueles que têm disposição e apetite para comprar este risco, com lucro", diz o diretor de Controle da CBLC, Francisco Carlos Gomes. Caso o instrumento seja bem sucedido, deve crescer a participação dos investidores individuais na Bolsa. Hoje, cerca de 220 mil brasileiros aplicam neste mercado.

Caso opte por comprar um "POP" ao invés de uma ação, o investidor terá a segurança de que, ao fim do período estipulado, irá receber um valor mínimo pelas ações compradas, mesmo que a cotação dos papéis caia para além daquele valor. Esta proteção terá uma duração estipulada – por enquanto a Bovespa trabalha com períodos de 6 e 12 meses.

Se os papéis comprados sofrerem valorização, o investidor embolsa uma parcela do lucro, e o restante serve de pagamento a quem "comprou" o risco – corretoras, bancos etc. Este porcentual de participação foi fixado em 70% e 80%. O preço do POP para cada um deles será diferente – quanto maior a participação nos lucros, menos proteção tem o investidor. O preço do POP será próximo da cotação da ação.

"O POP proporciona uma grande atenuação da possível perda do investimento, mas o investidor só paga por esta proteção quando o investimento dá certo", explicou o superintendente da Bovespa, Gilberto Mifano.

O novo produto estará disponível, por enquanto, para os ativos preferenciais da Petrobrás, Vale do Rio Doce, Bradesco, Usiminas, Telemar, Itaubanco, e as ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional – exatamente as que têm maior liquidez na Bovespa –, além do PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa).

Um simulador está disponível no site das corretoras de valores e a Bovespa criou um site com explicações e perguntas e respostas sobre o produto (www.bovespa.com.br/pop).

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