Bovespa recua 0,99% e dólar renova cotação mínima

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São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuou no pregão de ontem e voltou a operar abaixo dos 56 mil pontos, após vários recordes consecutivos na última semana. O Ibovespa (principal índice da Bovespa) fechou em queda de 0,99%, aos 55.882 pontos, seguindo a tendência das bolsas americanas. O volume financeiro ficou em R$ 4,88 bilhões.

Ontem, boa parte das ações que compõem o Ibovespa operaram em queda. No entanto, impulsionada por uma oferta de 3 bilhões de euros (US$ 4,08 bilhões) feita pela Telefónica, as ações da Vivo registraram boa valorização. Os papéis PN (preferenciais) fecharam em alta de 3,01%, a R$ 10,25. Já as ações ON (ordinárias) subiram 2,73%, a R$ 16,13.

As Bolsas americanas operaram do lado negativo durante todo o dia, influenciadas por notícias sobre o mercado imobiliário dos EUA.

Dólar

O dólar comercial voltou a ficar abaixo de R$ 1,90. A moeda norte-americana registrou queda de 0,26%, cotada a R$ 1,893 para venda. Na segunda, fechou a R$ 1,898. A última vez que a moeda havia registrado cotação semelhante foi em 22 de outubro de 2000, a R$ 1,896.

O Banco Central entrou no mercado no final do pregão e comprou moeda a R$ 1,8958 (taxa de corte). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2 (venda), baixa de 0,49%.

Os negócios com dólar ontem foram influenciados pelo fluxo de entrada de moeda no Brasil. De acordo com o analista de câmbio da corretora Liquidez, Mario Paiva, em um dia em que as Bolsas americanas e européias operaram no "terreno negativo" durante todo o tempo e o dólar cai, fica clara a indicação de que "o fluxo de entrada de recursos pelo segmento comercial é enorme e está muito forte", explica.

Ainda segundo ele, a tendência para a moeda norte-americana continua sendo de queda para os próximos dias. "A queda nas Bolsas americanas evitou que o dólar caísse ainda mais. Há um excesso de liquidez no mercado mundial, especialmente nos países emergentes, o que impulsiona ainda mais a entrada de recursos", avalia Paiva.