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A bolsa de Valores de São Paulo passou a operar no terreno negativo nesta quinta-feira, depois de atingir mais um recorde de alta, acima dos 64 mil pontos. às 15h35m, o Ibovespa recuava 0,62%, aos 62.802 pontos, seguindo a queda das bolsas americanas, que também tinham alcançado marcas históricas e depois recuaram.

Segundo um analista, um relatório de um grande banco recomendando a venda de ações do setor de tecnologia afetou fortemente o Nasdaq nos Estados Unidos, que caía 1,05%, aos 2.782,12 pontos.

O Dow Jones perdia 0,29%, aos 14.037 pontos; o S&P, por sua vez, tinha queda de 0,25%, aos 1.558,56 pontos.

O dólar no Brasil, que durante a manhã caiu abaixo do piso de R$ 1,80, era negociado a R$ 1,8040, estável em relação ao dia anterior.

No incício do dia, o bom humor era alimentado por notícias positivas sobre a economia dos Estados Unidos e da Europa.

No cenário internacional, foi anunciado o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que somaram 308 mil na semana passada, 12 mil a menos do que a marca registrada uma semana antes (320 mil, número revisto).

Na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmou que o crescimento econômico na zona do euro e no mundo continua robusto, apesar da recente volatilidade dos mercados financeiros.

Na avaliação de Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento, os leilões de compra da moeda americana realizados pelo Banco Central nos últimos dias enxugaram um volume pequeno de dólares do mercado. Isso diminuiu a resistência da moeda ao piso informal (R$ 1,80), que foi sustentado na última sessão por operações no mercado de derivativos.

Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, avalia que o dólar mantém a tendência negativa mesmo após a quebra do patamar de R$ 1,80.

- Pode até vir a cair mais um pouco ao longo do mês, a gente tem muita expectativa de entrada (de dólares) para a bolsa. A expectativa é que, no curto prazo, ele possa vir a testar o patamar de R$ 1,75 - estimou, ressalvando um possível reforço nas atuações do BC no mercado à vista.

Vale e Petrobras puxam alta

Um dos destaques da Bovespa eram os papéis ON da Telemar. Logo após o fracasso de mais uma tentativa do leilão de compra das ações preferenciais, dentro do programa de reestruturação acionária da Oi , as ordinárias da empresa chegaram a subir mais de 6%. Às 15h30, a alta era de 2,14%, a R$ 63,70. As PN caíam 1,5%, para R$ 39,40.

Na avaliação do gestor de renda variável da Meta Asset Management, Rafael Moyses, os investidores estariam migrando das ações PN (que estavam valorizadas pela possibilidade de compra no leilão por R$ 45) para as ON. Além disso, segundo ele, aumentaram as apostas de uma eventual fusão da Telemar com a Brasil Telecom.

Moyses lembra que, além do bom humor no mecado externo, influencia o pregão da Bovespa a expectativa em relação ao vencimento de contratos de opções na segunda-feira.

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