Bovespa segue NY e fecha em alta. Dólar cai no dia

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A Bolsa de Valores de São Paulo teve uma terça-feira marcada por flutuações intensas em seu principal índice, que acabou fechando em alta de 0,76%, aos 35.130 pontos e com giro financeiro de R$ 1,695 bilhão. O mercado acionário paulista refletiu o desempenho das bolsas americanas , em especial o Dow Jones, que também subiram.

O dólar comercial, por sua vez, voltou a fechar em queda, ignorando novamente os esforços do Banco Central para conter a desvalorização da moeda. Nesta terça-feira, apesar de novo leilão de compra por parte da autoridade monetária, a moeda recuou 0,59%, cotada a R$ 2,1930.

Os dados sobre a economia americana, divulgados ontem e hoje, aliados à alta do petróleo, aos resultados de empresas e aos desdobramentos da crise militar no Oriente Médio marcaram o comportamento dos mercados globais nesta terça-feira. As bolsas européias fecharam sem tendência definida.

O índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA, divulgado hoje, cresceu 0,5% em junho, no maior avanço em mais de dois anos e meio. A inflação estrutural, no entanto, ficou dentro do esperado.

Ontem, foi divulgada a produção industrial americana em maio, que cresceu 0,8%, acima das expectativas de 0,4%. Os dados podem reforçar preocupações de que a economia esteja crescendo mais que o esperado.

De qualquer modo, para Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da corretora NGO, os indicadores americanos ainda não sinalizam claramente um possível tendência para os juros.

No cenário doméstico, o destaque é a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começou hoje e que definirá a nova taxa básica de juros. Analistas dão como certa uma redução de 0,50 ponto percentual, com a Selic caindo dos atuais 15,25% para 14,75%.

Assim, as atenções começam a voltar-se para o dia 27 deste mês, quando a ata do Copom poderá sinalizar para o mercado os rumos da política monetária do país.