Bovespa segue pregão dos EUA de perto e registra alta de 0,75%

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Depois de cair mais de 5% na véspera, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta no pregão desta terça-feira (2), embora os ganhos do dia - motivados pelo bom humor do mercado americano - não tenham compensado as perdas da véspera.

Principal indicador da bolsa paulista, o Ibovespa chegou a subir quase 3% no início da tarde, mas desacelerou o ritmo no fim do pregão. Com isso, a alta foi de 0,75%, com o indicador encerrando o dia a 35.000 pontos.

O volume negociado foi de R$ 6,6 bilhões, bem acima da média dos últimos dias. Entre as ações, a companhia aérea TAM teve a maior alta, de mais de 9%. As ações da Vale do Rio Doce tiveram queda de mais de 3%, liderando as baixas.

No mercado interno, o principal indicador divulgado nesta terça-feira foi a produção industrial. O setor, afetado pela crise, recuou 1,7% no mês passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As paralisações das montadoras de veículos, reflexo da queda das vendas no mercado interno e externo, fizeram com que o índice fosse bem pior do que o esperado pelos analistas (-0,2%).

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a Ford apresentou ao Congresso norte-americano um plano por meio do qual pretende recuperar sua lucratividade. A empresa pede um empréstimo de US$ 9 bilhões com recursos do governo e em troca promete um programa de investimento de US$ 14 bilhões em novas tecnologias ao longo dos próximos sete anos. A Casa Branca afirmou nesta terça-feira que mantém sua posição que as montadoras de veículos precisam provar sua viabilidade antes de receberem ajuda do governo, ao mesmo tempo em que as três empresas líderes do setor apresentaram planos ao Congresso do país. Recentemente, um pacote de ajuda às montadoras de US$ 25 bilhões, que incluiria também dinheiro para a GM, foi rejeitado pelos congressistas. "Mantemos nossa opinião que as companhias tem que provar que são viáveis antes de entregarmos dinheiro do contribuinte para elas", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Pregões pelo mundo

Na Europa, as bolsas tiveram recuperação, com o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, registrando alta de 1,89%. Entre os principais mercados, Londres teve alta de 1,41%, Paris ganhou 2,35% e Frankfurt registrou valorização de 3,12%. A Ásia refletiu nesta terça as quedas da segunda-feira. Em Tóquio, a preocupação com o setor industrial somado à valorização do iene frente ao dólar derrubou o índice Nikkei 225 em 6,35%, para menos de 8 mil pontos. Em Seul, a perda foi de 3,35%. Na China, Hong Kong cedeu 4,98%, enquanto Xangai caiu 0,26%.