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O principal índice das ações brasileiras fechou em alta nesta terça-feira, seguindo o exterior em mais uma sessão de volume abaixo da média mesmo após a divulgação de uma série de balanços corporativos.

O Ibovespa avançou 0,39 por cento, para 64.876 pontos. O giro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,7 bilhões de reais neste ano.

No mercado internacional, as bolsas norte-americanas subiram cerca de 1 por cento. O bom humor começou de madrugada, com dados sobre o comércio exterior da China que também ajudaram a impulsionar as commodities. Boa parte da alta em Nova York, porém, ficou em empresas de serviços básicos e em outros setores defensivos --menos expostos aos ciclos de alta e baixa da economia--, o que indica um otimismo cauteloso.

"O mercado está esperando algumas definições", disse Alvaro Bandeira, diretor da corretora Ativa, que citou especificamente os problemas com a dívida de alguns países europeus. Além disso, outros números sobre a China serão divulgados nesta madrugada. "O volume de ontem já foi um volume bem baixo, e hoje apontou para o mesmo caminho."

As ações de mais liquidez subiram de forma discreta. Vale PN teve alta de 0,13 por cento, a 44,51 reais, e Petrobras PN 0,33 por cento, a 24,68 reais.

Outro papel entre os mais negociados foi Itaú Unibanco, com alta de 1,83 por cento, a 37,38 reais, após sua holding controladora Itaúsa divulgar lucro de 3,658 bilhões de reais no primeiro trimestre.

As ações do setor imobiliário voltaram a se destacar em recuperação à forte queda da semana passada, ajudando a Gafisa a subir 3,39 por cento, para 8,85 reais, após uma primeira avaliação negativa do lucro trimestral da empresa, de 13,7 milhões de reais.

As ações do Banco do Brasil também subiram com força após divulgação de balanço, com alta de 2,35 por cento, a 29,15 reais. O forte avanço do crédito e as despesas menores com provisão para perdas levaram o banco a lucrar mais que o esperado no primeiro trimestre de 2011.

Hypermarcas e BrFoods desabam

Do lado de baixo, duas quedas expressivas. Hypermarcas desabou 7,78 por cento, a 16,71 reais, e atingiu o menor nível desde novembro de 2009 no segundo dia de forte baixa após a divulgação de lucro menor que o esperado no primeiro trimestre e a revisão de estimativas.

O Barclays reduziu o preço-alvo da empresa de 27 a 25 reais, e o Credit Suisse diminuiu de 28 a 25 reais. As duas casas esperam uma melhora do resultado da empresa nos trimestres adiante, mas trabalham com um cenário turbulento para a empresa por enquanto. "Ainda é atraente, mas não para o curto prazo", escreveu David Belaunde, analista do Barclays.

Já a Brasil Foods caiu 7,13 por cento, a 29,58 reais, após a procuradoria-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendar restrições mais duras ou até mesmo a reprovação da fusão entre Perdigão e Sadia, que deu origem à empresa em 2009.

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