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Notícias corporativas dominaram o pregão da Bovespa nesta quarta-feira (28), com bancos e ações ligadas a metais ajudando a manter o principal índice em alta mesmo com a queda das bolsas globais e a forte baixa das ações da Oi após o acordo com a Portugal Telecom.

O Ibovespa terminou a sessão com leve alta de 0,2 por cento, aos 66.808 pontos. Foi o oitavo dia consecutiva de ganhos, maior série positiva desde a virada do ano. O giro financeiro do pregão somou 5,77 bilhões de reais.

Em Nova York, o índice S&P 500 recuou 0,7 por cento e manteve-se abaixo de uma resistência técnica após uma queda surpreendente das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos. Na Europa, o FTSEurofirst interrompeu uma semana de altas, com queda de 0,3 por cento.

No Brasil, porém, prevaleceu o noticiário interno. "Começou a safra de balanços de bancos, com bons resultados do Bradesco", disse o economista-chefe da Sulamérica Investimentos, Newton Rosa. "A (ação da) Vale esteve bem também, com a expectativa de bons resultados", completou.

As ações de bancos e empresas do setor financeiro tiveram a maior participação percentual da alta do Ibovespa, após o Bradesco superar expectativas.

As ações do Bradesco tiveram a maior alta percentual do Ibovespa, de 4,51 por cento, a 32,20 reais. Banco do Brasil, que divulga seus números em 16 de agosto, teve alta de 4,18 por cento, para 29,90 reais, e Itaú Unibanco, com balanço agendado para 3 de agosto, avançou 2,34 por cento, para 39,40 reais.

A mineradora Vale, que anuncia seu balanço após o pregão de quinta-feira, teve a segunda maior contribuição individual para a alta do Ibovespa, com valorização de 1,31 por cento das ações preferenciais, a 42,50 reais.

Analistas esperam que o lucro líquido da mineradora tenha quintuplicado no segundo trimestre por causa dos preços maiores para o minério de ferro.

Telecom e Pão de Açúcar

A Vivo também se destacou, com alta de 3,95 por cento para sua ação preferencial, para 48,15 reais. A empresa divulgou lucro acima do esperado no segundo trimestre e viu a espanhola Telefónica comprar a participação da Portugal Telecom e assumir o seu controle por 7,5 bilhões de euros.

As ações ordinárias da Vivo, com direito a "tag along" para os minoritários, dispararam 10,77 por cento, para 108 reais. Os papéis não integram a carteira teórica do Ibovespa.

De saída da Vivo, a Portugal Telecom anunciou uma aliança com a Oi. A empresa europeia pagará até 8,44 bilhões de reais por 22,4 por cento da Telemar Norte Leste, braço operacional do Grupo Oi.

O mercado, porém, recebeu a notícia de forma negativa, já que o acordo prevê um aumento de capital na Oi e, portanto, vai exigir que os acionistas aportem mais capital se não quiserem ter suas participações diluídas.

As ações ordinárias da Oi desabaram 15,99 por cento, na maior queda percentual do índice, para 35,20 reais. Os papéis preferenciais caíram 11,2 por cento, para 27,17 reais, e as ações preferenciais da Telemar Norte Leste tiveram desvalorização de 8,55 por cento, para 48,01 reais.

Na ponta negativa, outra ação que sofreu foi a do Pão de Açúcar, com perda de 5,48 por cento, para 60,35 reais, após divulgar um lucro menor que o esperado no segundo trimestre.

"O mercado tinha alguma expectativa sobre a empresa divulgar na teleconferência um pouco mais de detalhes em relação a Casas Bahia, e também algum 'guidance' do que eles esperam", disse o analista Marcelo Varejão, da corretora Socopa.

De acordo com o diretor financeiro do Pão de Açúcar, José Antônio Filippo, os números da Casas Bahia, assim como as sinergias que serão capturadas, serão conhecidos em meados de setembro.

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