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A bolsa brasileira teve mais um dia de intensa volatilidade nesta quarta-feira (10), garantindo uma alta nos últimos minutos de pregão a despeito da forte queda das bolsas em Nova York, com os investidores em busca de oportunidades de compra após a expressiva queda das ações nos últimos dias. O Ibovespa fechou em alta de 0,48%, a 51.395 pontos.

O giro do pregão foi de 8,2 bilhões de reais. A máxima do dia foi uma alta de 1,98% e a mínima foi uma queda de 2,35%. O mercado mostrou um descolamento das bolsas norte-americanas, após ter caído com mais intensidade nos pregões anteriores. Em Nova York, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 recuaram mais de 4%, anulando a alta de terça-feira, após rumores posteriormente negados sobre a saúde financeira de bancos franceses.

Alguns operadores levantaram a hipótese de o descolamento ter ocorrido por ajustes diante da proximidade do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, e de opções sobre índice, na quarta-feira. Mas é praticamente consenso que o preço das ações atingiu níveis relativamente baratos após a forte queda verificada desde o começo do mês.

Em agosto, mesmo com a alta desta sessão e a valorização de 5,1 por cento de terça-feira, o Ibovespa tem queda acumulada de 13 por cento. "O recente movimento de vendas no mercado de ações foi simplesmente brutal", avaliou a equipe do Citigroup, em relatório. "A queda das ações (em todo o mundo) tem embutido um cenário de baixa entre 10 e 15 por cento dos lucros por ação. Mas a expectativa é de um crescimento de 15 por cento."

Na opinião do estrategista do Santander Brasil Marcelo Audi, as ações brasileiras devem se recuperar nos próximos meses. "Em nossa opinião, o Ibovespa está passando por uma correção, não um 'crash'", afirmou em relatório. As ações preferenciais de Petrobras tiveram o maior volume do pregão, com alta de 3,03 por cento, a 19,73 reais. O papel equivalente da mineradora Vale subiu 0,26 por cento, a 38,50 reais.

As ações da BM&FBovespa avançaram 4,17 por cento, a 8,75 reais, após anunciar lucro líquido atribuído a acionistas de 294,2 milhões de reais, acima do esperado. "Continuamos a destacar que a BM&FBovespa está sendo negociada como se o crescimento dela fosse ficar praticamente nulo tanto nos mercados de ações quanto nos mercados de derivativos. Reiteramos, portanto, nossa recomendação de compra", escreveu o analista do UBS Alcyr Freitas.

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